A Salvação

Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto: Lucas 23: 39 – 43
Introdução Muitos escritores bíblicos ao se referirem sobre a pessoa de Deus irroperam em um cântico louvor a Ele, pois Ele é grande, santo e soberano.
Eles pela experiência comprovaram que Deus pode todas as coisas, nada lhe é impossível, Ele faz tudo como lhe apraz.
Poderíamos citar aqui homens como Isaías no capitulo 40, poderia citar Jó, mas nesta noite gostaria de fazer menção ao Apóstolo Paulo (Rm. 11: 33 – 36).
Ele depois de escrever sobre a ação soberana de Deus agir sobre a história se rende ao Senhor por meio deste cântico de louvor.
ElucidaçãoO texto que nós acabamos de ler em Lucas reporta-nos ao momento da crucificação de Jesus, aos momentos que antecederam sua morte.
Imagine as dores que Ele sentia, Ele fora chicoteado, esbofeteado, cuspido, humilhado e por fim crucificado.
Em meio a este terrível acontecimento uns lamentavam, outros blasfemavam, outros diziam: “Se tu és o Filho de Deus desse da cruz”.
Do seu lado, dois malfeitores, um blasfema enquanto outro se arrepende e é salvo.
Como entender tudo isso?
Eu gostaria de tirar algumas lições do texto para nossa reflexão.
1º Lição: A soberania de Deus em salvar pecadores, v. 39. O texto nos mostra a cena onde 2 ladrões foram crucificados juntamente com Jesus (direita e esquerda).
Os 2 estavam próximos a Ele, viram e ouviram tudo quanto se passou ali durante as horas de sofrimento da crucificação.
Ambos eram pecadores, ímpios, estavam morrendo, sofrendo dores intensas, ambos necessitavam de perdão.
Um deles morreu em seus pecados resultado de toda uma vida afastada de Deus, o outro se arrependeu e foi salvo. (alcançou a misericórdia de Deus).
Como explicar este fato: nas mesmas circunstâncias um se converte e o outro permanece em seus pecados.
Por que o mesmo sermão foi ouvido com indiferença por um, enquanto motivou o outro a crer?
Certamente não somos capazes de responder esta pergunta de maneira satisfatória e aí nos lembramos de Mateus 11: 26. (a isto nós chamamos de Soberania).
AplicaçãoIsso nos faz lembrar que não há homem que Deus não possa salvar.
Jesus também nos ensina que a nossa pregação age de formas diferenciadas (morte e vida II Co 2: 16).
Aprendemos também que Deus faz tudo conforme a sua santa sábia vontade.
Quem diria que daquele contexto poderia alguém ser salvo.
2ª lição: Há necessidade de arrependimento para salvação. Frequentemente quando lemos esta história focalizamos a salvação do ladrão, mas esquecemos de mencionar que ele se arrependeu. (Zaqueu).
Não que o arrependimento seja uma obra meritória do homem, mas é resultado da ação de Deus em sua vida.
No livro de Atos vemos que as pessoas questionavam a Pedro sobre o que deveriam fazer para ser salvos (o que recomendava?).
Podemos ver neste texto pelo menos seis ações que mostram que este homem se arrependeu: Acompanhe comigo:
1- A preocupação com a atitude ímpia do seu companheiro (40).
2- Reconhecimento do seu próprio pecado (41ª).
3- Confissão sobre a inocência de Jesus (41b).
4- A sua fé (42).
5- A sua oração: ele clama a Jesus no momento de dor.
6- A sua humildade: “Lembra-te de mim!”
O tempo para aquele homem foi muito curto, mas foi bem aproveitado (Ele deu provas da ação de Deus em sua vida).
Nunca deixe pra se arrepender na última hora, aproveite Bem o seu tempo para testemunhar a ação de Deus em sua vida.
3ª Lição: O poder e a disposição de Jesus para salvar pecadores, v 43. Hebreu 7: 25 nos diz: “Ele pode salvar totalmente os que por Ele se chegarem a Deus”.
Talvez se pesquisarmos do Gênesis ao Apocalipse não encontremos uma prova mais notável do poder e da misericórdia de Deus do que a salvação do ladrão arrependido.
1- Pela ocasião que ele foi salvo (Fraqueza de Jesus...).
2- O homem que foi salvo (Nada digno) além de uma oração humilde.
3- A graça de Deus revelada na salvação deste homem (o que ele poderia fazer para salvação. Imagine ele na cruz...).
A salvação deste homem é a maior prova que nós somos totalmente passivos na salvação (você que tem dúvidas da pela graça, olhe pra esse texto). Jesus lhe diz: “hoje estarás comigo no paraíso”.
A palavra “hoje” tem um peso teológico muito grande: ela indica que quando o crente encerra sua jornada aqui ele imediatamente goza da felicidade com Deus.
Ela nos assegura que não iremos para um lugar misterioso de suspense tipo purgatório, mas vamos para presença de Deus.
Fp. 1.23, nos diz que...
Aplicação A posição deste homem reflete a situação do homem sem Deus (a cada um de nós antes de conhecermos a Jesus).
Mas também quando olhamos pra ele, para sua situação entendemos que só a graça de Deus em nós mudou a nossa vida.
Conclusão Quem poderá explicar a forma que Deus age.
Quem poderá explicar a salvação.
Só sabemos dizer que tudo Ele faz conforme o Conselho de sua vontade.
E foi por isso que fomos alcançados por ele.