quinta-feira, 16 de abril de 2009

O que a visão de Deus produziu na vida de Isaías?


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto Isaías 6: 1 – 8.
Introdução
Mais ou menos na década de 90 a Igreja brasileira passou por uma época de visões extasiantes.
Talvez fruto da ênfase que muitos teólogos davam a conhecida guerra espiritual.
Era comum encontrarmos pessoas testemunhando que tiveram visões de Deus, de Jesus ou de anjos.
Não quero aqui ridicularizar ou contestar estas visões, mas só chamar atenção para o fato de que algumas queriam fazer de suas experiências particulares doutrina pra Igreja.
Quando lemos a história de homens de Deus como: Daniel e Paulo entendemos que nem todas experiências com Deus devem ser tornadas publicas.
É de estrema importância também entendermos que as experiências que temos com Deus nos tornam crentes melhores (moralmente, espiritualmente etc.).
E que geralmente acontecia com as pessoas na maioria das vezes nada mudava, nada acontecia de novo em suas vidas.
Eu desconfio e acho que você também deve desconfiar de certos movimentos que mexem com as emoções, mas não provoca mudança de vida.
Elucidação
O texto que acabamos de ler narra a visão que Isaías teve de Deus e o seu chamamento.
O profeta é chamado em um tempo difícil, por dois motivos: Primeiro o povo de Judá estava distante de Deus.
Tinham se tornado idolatras, louvavam ao Senhor só com os lábios, mas o coração estava distante (1.12,13,15,16).
Segundo Ele começa seu ministério no ano da morte do rei Uzias (Azarias) que havia reinado 52 anos em Jerusalém.
Este rei foi um prospero, reto, fez o que era bom perante o Senhor, mas cometeu um erro (queimou incenso no lugar do sacerdote e morreu leproso) II Cr. 26: 16 Sss.
Alguns estudiosos dizem que quando Isaias descreve a situação do povo no (1:6) ele está contemplando a situação do rei.
Mas não sobre este assunto que eu gostaria de meditar com vocês esta noite, mas sobre a visão de Isaías.

Tema: O que a visão de Deus produziu na vida de Isaías?
1º Lugar: O reconhecimento da santidade de Deus, v 1 – 4.
Com certeza esta visão que o profeta teve é uma das mais nítidas visões retratadas na bíblia.
Ele mostra que as abas de suas vestes enchiam o templo (grandeza, majestade).
Que Serafins que são seres ministradores com duas de suas asas cobriam o rosto (símbolo da santidade de Deus).
E que ainda eles proclamavam em coro dizendo Santo, Santo, Santo (louvor ao Deus dos deuses).
As bases daquele lugar se moveram e a casa se encheu de fumaça (poder e força).

O Pr. Heber Campos falando sobre esta visão afirma: “A idéia aqui é de sublime é a exaltação ou elevação. Era uma cena de glorificação que Isaías contemplava. A cena que ele viu não somente o levou a contemplar a grandiosidade da realeza de Deus, mas também a perfeição do seu caráter moral. Esta é a conclusão a que Isaias chega quando os Serafins, numa atitude de reverente conduta, dizem: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”.

Aplicação
Amados, a verdadeira experiência com Deus inevitavelmente nos confrontará com a sua santidade e perfeição.
E isso nos leva:
• A uma vida de louvor a santidade de Deus. Somos conclamados a nos unir aos serafins em coro: “Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos”.
• Somos desafiados a um padrão de vida que seja santo, pois servimos a um Deus que é Santo.
2º Lugar: O reconhecimento de que realmente ele era, v. 5.
A experiência de Isaías é composta de um misto de beleza e medo ao mesmo tempo.
Isso porque o caráter de Deus, a sua a santidade produz nele a convicção de sua natureza corrompida.
A contemplação da santidade de Deus causou em Isaías o senso da sua imundície diante de Deus.
Imediatamente quando olha pra Deus ele descobre de fato quem ele era.

Aplicação
Queridos, é de fato quando mantemos comunhão com Deus que nos conscientizamos da nossa pequenez diante dEle.
Somente quando tomamos consciência da realidade de Deus é que verdadeiramente temos uma visão de nós mesmos.
A comunhão diária com Deus deve nos tornar crentes melhores.
Reconhecer que carecemos dEle a cada momento de nossas vidas.
3º Lugar: A certeza da compaixão de Deus, v 6,7.
Diante de tamanha visão e do senso de sua própria natureza não resta outra coisa ao profeta fazer: “esperar pela compaixão e misericórdia de Deus”.
E é isso o que acontece: imediatamente após a confissão sincera do profeta um serafim traz em suas mãos uma brasa tirada do altar e com ela toca os seus lábios e ele é perdoado.
Era isso que Deus esperava do povo judeu, que eles se humilhassem diante dEle, e assim viria o socorro.


Aplicação
Amados, precisamos constantemente da compaixão e da misericórdia de Deus e da sua assistência.
É necessário a cada dia reconhecermos que se não for o favor de Deus em nossas vidas estaremos perdidos.
Apesar de quem somos e Deus sendo santo Ele é propicio a nós pecadores. Ele nos purifica, nos restaura, e renova sua misericórdia para conosco.
4º Lugar: disposição ao serviço, v, 8.
Diante do chamado de Deus o profeta não exita em responder: “eis me aqui envia-me a mim”.
A santidade de Deus, a convicção de pecados e principalmente o perdão que ele recebera, fizeram dele um missionário.
Levaram Isaías a um compromisso sério com Deus, o compromisso de anunciá-lo.
Aplicação
Meus irmãos o compromisso que temos com a obra de Deus demonstra a experiência que temos com Ele.
Vivemos dias as pessoas não querem mais assumir compromissos nem com Deus.
Vivemos dias nos quais muitos dizem: “eis me aqui envia a outro”.
Deus nos chama hoje a um compromisso sério com Ele.
Ele quer que o sirvamos com sinceridade, com integridade, com amor, com compromisso.
Nunca resista ao chamado de Deus... (momento de oração).

Conclusão
Qual tem sido o grau da experiência (comunhão) que você tem com Deus?
Lembre-se: o grau desta comunhão determinará o compromisso com a obra dEle.
Experiências e movimentos que não produzem mudança de vida, que não tornam as pessoas melhores, mais humildes, mais prontas a servir a Deus são no mínimo duvidosas...

Nenhum comentário: