sábado, 2 de maio de 2009

Qual é o seu talento?


Texto Mt. 25: 14 – 30.
Introdução:Começou como uma febre na internet. Parecia mais um daqueles vídeos feitos para divertir e que logo são esquecidos. Mas ninguém se esqueceu. Susan Boyle virou um fenômeno mundial. Foi vista por mais de cem milhões de pessoas.
A história da escocesa ultrapassou a barreira da rede, se transformou em uma obsessão. Há uma semana, ela é a mulher mais falada no mundo. Todos adoram Susan e querem vê-la no topo do show biz.
Ela surgiu como um personagem de conto de fadas, um patinho feio, destituída de qualidades, interiorana. Aos 47 anos, solteira, desempregada, fora de todos os padrões de beleza,..solitária.

Susan, que ousadia, iria participar de um dos programas de calouro mais populares da TV britânica – “Britain's got talent”. (Inglaterra descobre talentos) Entrou no palco tímida, desajeitada, com o rótulo garantido de fracasso.
Na plateia, ecoaram risos de escárnio, de pouco caso. Foi recebida com ironia também pelos jurados. Mas aquela figura épica não se intimidou. Com uma rara doçura, conduziu aquelas pessoas a um estado de graça. Quando abriu a boca, revelou a voz de um anjo.

Interpretando "I dreamed a dream", (Eu sonhei um sonho) do musical “Os miseráveis”, extraiu de todo sentimentos: de culpa, vergonha, vingança, esperança. A dona do vozeirão demoliu com altivez todos os preconceitos e deu uma lição ao mundo.
Todos naquela plateia um a um foram ficando de pé a aplaudindo. Sorrisos e lágrimas foram desabrochando de cada face e um sentimento de alegria e comoção tomou conta..de..todos.

A mídia internacional se derrama em editoriais. E o planeta se curva diante do talento e da simplicidade.
Elucidação:A parábola que lemos começa com Jesus descrevendo certo homem que resolveu ausentar-se de seu país e chama seus empregados de confiança e entrega seus bens, ou seja, ele fez de seus empregados seus sócios. (Costume no oriente).
Talento aqui é dinheiro, “era a moeda vigente da época”. (1 talento: 6.000 denários, 12 anos de trabalho, 2 talentos 12.000 denários, 24 anos de trabalho, 5 talentos: 30.000 denários, 60 anos de trabalho) algo de muito valor.
Quero pensar nessa noite com vocês no seguinte: Que o Senhor que distribuiu os talentos é Deus, os servos a quem Ele entregou os talentos: somos nós e os talentos são os dons e talentos e oportunidades que Ele nos confiou.
O que esta parábola nos ensina? Dentre outras coisas aprendemos:
1ª coisa: É que o Senhor é sagaz, sábio na distribuição dos talentos (15).
Este homem não faz as coisas aleatoriamente, ele avalia e vê a capacidade de cada um, Ele investe em cada servo conforme a sua capacidade individual.
Com certeza Ele sabia quem tinha capacidade de receber 5 talentos, 2 e 1, e assim ele o faz.
O texto nos informa que ele faz isso de forma plena, sem nenhum questionamento ou dúvida, ele não fica recomendando (“Olhe fulano...”).
Ele distribui os talentos e vai embora, na certeza que tudo foi feito certo e que cada um vai desempenhar o seu papel.
Aplicação
Deus na pessoa do seu filho “Jesus” também agiu assim conosco veja em Efésios 4:8 Por isso, diz: “Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens”.
Deus, Ele nos deu dons e talentos conforme a nossa capacidade, Ele não exige de nós algo que não podemos fazer.
Não é necessário que alguém fique nos dizendo o que precisamos fazer, pois você sabe o que Deus lhe confiou a realizar.
Não espere que Deus venha lhe lembrar o que você tem a realizar, pois Ele confiou a você algo que só você pode fazer. Amém!
2ª coisa: É a forma como cada um cuida dos talentos (16 – 18).
O texto é muito claro ao nos informar a reação de cada um ao receber os talentos que lhes foram confiados.
Dois imediatamente usaram esses talentos “saiu imediatamente”, (16) “do mesmo modo” (17) são expressões iguais no texto para demonstrar a ação dos dois servos.
Eles saíram a desenvolver o que o seu Senhor lhes confiou.
O que não pode se afirmar do que recebera um talento. Veja a expressão no texto: “Mas” uma partícula (conjunção) que revela uma ação contrária a primeira atitude dos outros dois.
E aí se segue sua ação: “saindo abriu uma cova e o escondeu”. (o que não se pode negar é a urgência, mas...)
Diante da entrega que o Senhor fez aos seus servos percebemos duas atitudes distintas: a primeira de serviço e a segunda de preguiça e de inércia.
Aplicação
A forma como nós vivemos individualmente demonstra o que fazemos com os dons, talentos e oportunidades que Deus nos confiou.
Como você tem agido com relação aos seus talentos e dons? Nos dois casos há uma pressa tanto para usar como para enterrar.
Você tem se apressado para usar ou para enterrar aquilo que Deus lhe confiou? Eu pouco sei ou nada sei sobre aquilo que Deus lhe confiou.
Mas Deus com certeza sabe e você também. Compete a você usar ou enterrar, qual é a sua decisão hoje?
3ª coisa: É que haverá prestação de contas dos talentos recebidos (19).
O certo é quando alguém nos confia algo é que haverá um ajuste de contas.
E que em todo ajuste de contas haverá punição e recompensas e o texto não foge a regra.
Aos que usaram os talentos é retumbante a declaração do Senhor: “Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. (21,23).
Mas o que usou de inércia e que enterrou o talento a ele confiado à sentença é diferente: (Versos 28 – 30).
O texto também mostra que quem não usa os talentos para glória de Deus se perde nas desculpas, vejam o que ele disse ao Senhor em tom de acusação:
*sabendo que és homem severo (que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste). (24).
Ou seja, este homem mente e acusa o seu senhor de algo que ele não era.
Ele equipara seu senhor ao Faraó que não dava palha a Israel e exigia deles a mesma produção antes (Ex. 5. 7,8).
Aquele senhor não exigiu nada além do normal, ele só pediu que aqueles servos multiplicassem aquilo que havia entregado a cada um deles.
Ele estaria colhendo aonde não espalhou se ele não tivesse confiado nada a eles e agora voltasse exigindo algo deles, coisa que não aconteceu.
Aplicação
Em qual dos grupos você se encaixa: no dos dois primeiros e no do último?
É salutar que lembremos que o Senhor irá voltar e o ajuste de contas vai acontecer. Você quer punição ou recompensa?
Lembre-se que Deus não colhe onde não espalhou e não cobrará além daquilo que Ele nos confiou, pois Ele é justo.

Com certeza Ele tem prazer em recompensar. Você quer ser recompensado? Então coloque a disposição aquilo que Deus lhe confiou que você será uma bênção.

Eu tenho certeza que este é o anseio de cada um que está aqui esta noite, ouvir de Deus dizer: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. Amém!

Conclusão
Irmãos eu comecei este sermão com a história Suzan Boyle, que apesar de não ser crente, nos mostra quanto tempo ela se escondeu ou enterrou o seu talento.

47 anos de esconderijo, mas em fim ela desabrochou para o mundo através daquilo que ela sabe fazer de forma magistral.

Destaco aqui a coragem que ela teve de enfrentar seus medos e os olhares de escárnio e a desconfiança dos outros e dizer a todos eu sou capaz!

Com certeza a Igreja não vai te dar tanto sucesso, mas tenha certeza de uma coisa fazer aquilo que Deus nos confiou é a melhor que podemos fazer nesta vida.

Talvez hoje seja o dia de você se colocar a disposição de Deus e dizer: “Senhor estou aqui usa-me como tu queres”.

Momento de oração...