segunda-feira, 20 de abril de 2009

A TRADIÇÃO DO LENÇO...


Porque Jesus dobrou o lenço?

Porque Jesus dobrou os lençóis do sepulcro depois de sua ressurreição?
Eu nunca notei isto......
João 20:7 nos conta que aquele lenço que foi colocado sobre a face de Jesus não foi deixado de lado como os lençóis do túmulo. A Bíblia reserva um versículo inteiro para nos contar que o lenço fora dobrado cuidadosamente e colocado na cabeceira do túmulo de pedra.
Bem - cedo pela manhã de domingo, Maria Madalena veio à tumba e descobriu que a pedra havia sido removida da entrada. Ela correu e encontrou Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus tanto amara, disse ela, ´´Eles tiraram o corpo do Senhor e eu não sei para onde eles o levaram. ´´
Pedro e o outro discípulo correram ao túmulo para ver. O outro discípulo passou à frente de Pedro e lá primeiro chegou. Ele parou e observou os lençóis lá, mas ele não entrou. Então Simão Pedro chegou e entrou. Ele também notou os lençóis deixados lá, enquanto o lenço que cobrira a face de Jesus estava dobrado e colocado em um lado.
Isto é importante? Definitivamente.
Isto é significante? Sim.
Para poder entender a significância do lenço dobrado, você tem que entender um pouco a respeito da tradição Hebraica daquela época. O lenço dobrado tem que haver com o Amo e o Servo, e todo menino Judeu conhecia a tradição.
Quando o Servo colocava a mesa de jantar para o seu Amo ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da maneira que seu Amo queria. A mesa era colocada perfeitamente e o Servo esperaria fora da visão do Amo até que o mesmo terminasse a refeição. O Servo não se atreveria nunca tocar a mesa antes que o Amo tivesse terminado a refeição.
Se o Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus dedos, sua boca e limparia sua barba e embolaria seu lenço e o jogaria sobre a mesa. Naquele tempo o lenço embolado queria dizer: ´´Eu terminei.``
Eu não sabia a respeito....
Se o Amo se levantasse, e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o Servo não ousaria em tocar a mesa porque ... o lenço dobrado queria dizer: “Eu voltarei!”
Ele está voltando!
Durante esta Semana Santa, eu oro para que você seja abençoado com a paz e a alegria em saber que Ele está voltando algum dia.
Deus abençoe a todos.

A Língua Portuguesa agradece (e nossos ouvidos também!)

Mesmo que você saiba de todas essas formas corretas, passe adiante, pode ser útil para outras pessoas.

A Língua Portuguesa agradece.


Nunca diga:

- Menas (sempre menos)
- Iorgute (iogurte)
- Mortandela (mortadela)
- Mendingo (mendigo)
- Trabisseiro (travesseiro) - essa é de doer, hein!
- Cardaço (cadarço)
- Asterístico (asterisco)
- Meia cansada (meio cansada)

E lembre-se:

- Mal - Bem
- Mau - Bom

* Trezentas gramas (a grama pode ser de um pasto). Se você quer falar de peso, então é O grama: trezentOs gramas.

- Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade).

- Beneficiente (beneficente - lembre-se de Beneficência Portuguesa)


- O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.

* Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino !

- A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar.

- O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos.

- Homens dizem OBRIGADO
e mulheres OBRIGADA.

* "FAZ dois anos que não o vejo“ e não “FAZEM dois anos”

- "HAVIA muitas pessoas no local" e não "HAVIAM”

- "PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...."
(os verbos fazer e haver são impessoais!!)

- PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA
(deixe isso para o Zé Dirceu)

- A PARTIR e não À PARTIR

* O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO.

- POR ISSO e não PORISSO (muito comum nas páginas de recado do orkut, junto com o AGENTE pode marcar algo... Se é um agente, ele pode ser secreto, aduaneiro, de viagens...)

A GENTE = NÓS

* O certo é CUSPIR e não GOSPIR.



* HALL é RÓL não RAU, nem AU.

* Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim comprar ou para mim comer...

(mim não conjuga verbo, apenas
"eu, tu, eles, nós, vós, eles")

- Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.)

- As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura.

E agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING:

Não é
“eu vou ESTAR mandando”
“vou ESTAR passando”
“vou ESTAR verificando”

E sim

eu vou MANDAR
vou PASSAR
vou VERIFICAR

(muito mais simples,

mais elegante e CORRETO).

* Da mesma forma é incorreto perguntar:
COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO?

- Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR?

- Ao telefone não use: Quem gostaria? (É de matar...)

- Não use: peraí, agüenta aí, só um pouquinho (prefira: Aguarde um momento, por favor)

- Por último, e talvez a pior de todas: Por favor, arranquem os malditos SEJE e ESTEJE do seu vocabulário (estas palavras não existem!!)

- Não é elegante você tratar ao telefone, pessoas que não conhece, utilizando termos como:
querido(a), meu filho(a), meu bem, amigo(a)... (a não ser que você esteja ironizando-a(o).
Utilize o nome da pessoa ou senhor(a).

Agora, explicações de algumas expressões que usamos e nem sempre sabemos de onde originou-se:

NAS COXAS
As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos.
Como os escravos variavam de tamanho e porte físicos, as telhas ficavam desiguais.
Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA
Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de tê-la assassinado.
No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da Sabedoria, o voto decisivo.
O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do
Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E o burrico caminhou direto para uma delas...
Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

A VER NAVIOS
Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum que pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria. Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova.
Daí que não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remedinho.
A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo ruim.

SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel.

Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura.

Estar sem eira nem beira significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.

Comportamento // Geração web constrói seu código sexual


Matéria extraida do Jornal Diário de Pernambuco.
Praticar orgias e registraro sexo na câmera do celular são experiências cada vez mais comuns entre adolescentesde classe média
Aline Moura e Maria Carolina Santos // Diario
alinemoura.pe@diariosassociados.com.br
carolinasantos.pe@associadospe.com.br

É cada vez mais comum ouvir histórias de gente com menos de 18 anos que participa de festas como a do sorvete, do pijama, do cubo de gelo. Gente muito jovem que também aceita integrar orgias. Às vezes, tudo isso é filmado. E os garotos e meninas que aderem a essa prática, aparentemente, fazem tudo sem culpa e de forma natural. Os encontros são realizados em apartamentos de classe média, onde o clímax pode acontecer com troca de casais.


Pesquisador Felipe Rios diz que é preciso cuidado para não entrar numa onda retrógrada. Foto: Ines Campelo/DP/D.A Press
As aventuras apimentadas mostram que os filhos da internet já dissociam a sexualidade da reprodução e da simbologia do pecado. Mas, por outro lado, eles podem ficar expostos mais cedo a algumas experiências traumáticas e a relações sem disponibilidade para vínculos e ternura. Para a dentista Claúdia*, não foi nada fácil ouvir uma mãe contar, em sua academia de ginástica no Parnamirim, que flagrou a filha de 14 numa orgia, num apartamento em Candeias, Jaboatão dos Guararapes.

A cena abalou a relação de confiança entre as duas e deixou sequelas. A mãe pegou a adolescente de surpresa, numa balada oferecida por uma amiga de escola. Quando foi surpreendida, a garota fazia sexo oral em um menino, ao lado de outros adolescentes sem roupa e lambuzados de sorvete. E tudo só foi descoberto porque, depois de deixar a filha no prédio da amiga, a mãe voltou para entregar um sorvete de creme que a menina tanto procurou para levar à festa.

O porteiro iria receber a encomenda, mas pediu que a própria mãe entregasse. Só que a porta estava destrancada e ela flagrou a filha. Segundo a sexóloga e psicóloga Vitória Menezes, se não há diálogo entre pais e filhos e estabelecimento de limites, não adianta adotar atitudes punitivas em casos como esse. "Os filhos chegam em casa, se trancam no quarto e os pais não sabem nem que tipo de música eles gostam, quem são seus amigos, ou conversam com os pais deles. Então, não adianta punir um comportamento sexual se não há compromisso em outras áreas da vida do filho. Ser pai e mãe exige compromisso", pondera.

Vitória Menezes explicou que alguns adeptos deste tipo de orgia se sentem felizes e não apresentam qualquer trauma porque estão acostumados a cultivar relações superficiais, começando no próprio lar. "Se não há embate emocional entre as partes, não há problemas. Esse tipo de sexo é comum desde os banhos de Roma. A curiosidade faz parte do desenvolvimento e não se pode dizer que é o fim do mundo. Agora, e o 2º capítulo? Será saudável só achar graça na transgressão, no que é proibido", afirma a psicóloga. "Todo mundo já ouviu falar nesse tipo de festas com orgias. Não vou julgar quem já fez, mas eu não faria. Cada um tem sua liberdade, mas eu tenho meus limites", acrescentou a estudante Rebeca Ventura, 17 anos.

Pânico moral - O coordenador do Laboratório de Estudos da Sexualidade Humana da UFPE, Luís Felipe Rios, lembra que é preciso ter cuidado ao avaliar casos como este, para que não se entre no "pânico moral", uma onda retrógrada sobre questões sexuais. "Os movimentos sociais, nas décadas de 60 e 70, lutaram muito para dissociar sexualidade de reprodução e localizar a sexualidade num campo legítimo de prazer. Podemos avaliar positivamente alguns fenômenos que resultaram disso, como maior equidade sexual das mulheres. Antes, os homens podiam transar desde a adolescência, mas as mulheres nada podiam em relação ao sexo, sob o risco de serem estigmatizadas como fáceis", frisa. Luís Felipe acrescentou que a sexualidade vivenciada com prazer é positiva. "O modo de se divertir com o próprio corpo, sozinho, em dupla ou em grupo não deve se perder. Agora, o exercício da sexualidade deve se dar sempre num clima de consentimento mútuo", opinou. * Nomes fictícios

sábado, 18 de abril de 2009

Quem é apto para viver em tempos de crise?


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto II Reis 7: 1-15.
Introdução
Estamos vivendo no meio de uma crise financeira generalizada, este é o assunto predominante.
A crise financeira levou as grandes “potências mundiais” (EUA) a entenderem que não são tão fortes assim. (a realidade do dos EUA). Os efeitos da globalização.
Por outro lado observamos as catástrofes naturais também assolando de forma assombrosa.
São as chuvas em demasia (Altamira no Pará, e no estado do Maranhão).
E não podemos esquecer os terremotos na Itália onde dezenas de pessoas morreram soterradas. (cena onde mais de 200 pessoas em funeral coletivo).
Diante disso nos perguntamos: Como viver em tempos de tantas crises?
Elucidação
O texto que acabamos de ler no situa em um tempo de uma crise absoluta vivida pelo povo de Israel.
Isso acontece mais ou menos no ano 850 a. C. no reinado de Jorão um rei mal que fez o que era mal perante o Senhor e fez pecar todo povo.
Pela desobediência do povo, Israel foi cercada (sitiada) e ficou preso dentro dos seus próprios muros: ninguém entrava ninguém saía. (II Rs. 6: 24).
Com isso sobreveio uma grande crise: fome e improdutividade, porque ninguém podia sair ao campo e produzir.
Vejamos o que isso gerou:
1 – Fome tenebrosa: (6. 25). Cabeça de Jumento a preço de filé miglon, esterco de pombo valia ouro.
2 – Miséria absoluta (6. 28,29). As mulheres que resolveram coser os filhos e comê-los. (comeram um, mas outro...).
3 – O desânimo do rei (6. 26, 27). O rei estava interiormente arrasado.
Amados o contexto do mundo em que vivemos hoje não é tão diferente desse que acabamos de ler.
A miséria, o desemprego, a elevação do custo de vida, os dramas familiares, as catástrofes acabam causando um clima de desânimo e derrota em muitas pessoas.
No entanto é nesse contexto de tragédia que Elizeu, profeta do Senhor profetiza que Deus socorrerá o seu povo (7. 1,2). “Amanhã a estas horas, mais ou menos, a oferta será maior do que a procura. Vai haver abundância”.
Deus fará um milagre, mas para que esse milagre aconteça quem se colocará na brecha? Quem se deixará usar por Deus?
Deus faz milagres, sem dúvidas, mas muitas vezes para que eles aconteçam Deus quer que nos disponhamos, que desencruzemos os braços, que façamos a nossa parte.
Temos que ter disposição para superar as crises da vida. Como disse certa feita Caio Fábio: “para se viver no tempo de abundância basta ser humano. Mas para viver no tempo de calamidade há de ter mais do que a nossa natural humanidade”.
No tempo de crise, quando olhamos a nossa volta e não enxergamos portas abertas e nem saídas é necessário que tenhamos coragem para enfrentar desafios.
Tema: Quem é apto para viver em tempos de crise?
Olhando para o texto que lemos, ele nos dá a resposta. Vejamos então:
Quem estar apto a viver em tempos de crise em:
1º Lugar: Pessoas que sabem o que é sofrer (7.3).
Poderíamos pensar que essas pessoas seriam os mais fortes e saudáveis, os grandes líderes, os grandes estrategistas.
Mas não, o texto nos informa que foram quatro leprosos que eram homens estigmatizados, seres cuja vida era de sofrimento, dor e necessidade.
Pra viver neste mundo onde a dor, a humilhação, as tristezas, as desilusões e a falta de amor impera é necessário saber o que é sofrer.
Esses homens foram preparados pelo sofrimento da vida para enfrentar o sofrimento.
Para viver neste mundo é necessário reconhecer a nossa posição, nos desapegar das coisas passageiras.
Para vivermos neste mundo precisamos ser pessoas de fibra, força de vontade, gente que sabe o que é padecer.
Quem estar apto a viver em tempos de crise em:
2º Lugar: Pessoas que não têm medo de enfrentam desafios (7.4ª).
Atitude de acomodação diante das dificuldades, encruzar os braços, esperar o barco afundar é covardia.
O verso três nos informa que aqueles homens indagaram a si mesmos: “Para que estaremos nós aqui até morrermos? Se vamos morrer vamos morrer lutando”.
Morrer acomodado na indiferença é morrer indignamente, é preciso enfrentar a tragédia com ação.
Conta-se a história de um homem, auto executivo que perdeu o emprego...
Não se acomode diante de problemas na sua vida (medos, saúde, problemas familiares etc.) não desista sem lutar.
Quem estar apto a viver em tempos de crise em:
3º Lugar: Pessoas que mesmo diante da crise entendem que a vida pode melhorar. (7. 4b).
O verso quatro parte A, diz: “Se nós entrarmos na cidade, há fome na cidade – morremos lá. Se ficarmos sentados aqui também morreremos, vamos então ao arraial do inimigo. Se nos deixarem viver, viveremos; se nos matarem apenas morreremos”.
Talvez eles tenham pensado: “Pior não pode ficar”.
A situação daqueles homens era: Se ficassem sentados iam morrer se fossem até o arraial talvez morressem, então vamos agir!
Existem momentos na vida que temos que ousar, arriscar, de olhar a vida com otimismo e acreditar que a situação pode melhorar.
Quando compreendemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus é que nos dispomos a olhar a vida com otimismo.
Quem estar apto a viver em tempos de crise em:
4º Lugar: Pessoas que sabem qual é o tempo de Deus (7.5).
Qual o tempo certo para agir, qual a oportunidade, qual o tempo oportuno, qual é o tempo de Deus.
O verso que lemos nos informa que depois de refletirem sobre a situação era noite e se levantaram e foram.
Humanamente pensando talvez fosse sábio eles esperarem o dia amanhecer, estrategicamente eles foram no tempo errado aos nossos olhos.
Precisamos entender que nem sempre o tempo de Deus é o melhor tempo aos olhos humanos.
O tempo de Deus muitas vezes contraria o bom senso e o pensamento humano, mas quando é o tempo de Deus milagres acontecem.
O texto nos diz no verso 5 “que aqueles frágeis homens se levantaram ao anoitecer”. O verso 7 nos informa “que foi ao anoitecer que os inimigos fugiram”.
Amados quando nos levantamos com fé, Deus também se levanta e honra aqueles que neles confiam.
Veja o que Deus fez, no verso 6...
Deus nos desafia a confiarmos nEle e nos levantarmos da nossa apatia, de lutar, pois Ele é o Deus que guerreia por nós, Amém!
Conclusão
Certamente estamos vivendo num tempo de crise e de catástrofe, mas como temos reagido?
Deus lhe convida a tomar uma postura de fé diante das dificuldades, a não cruzar os braços, a não se dar por derrotado.
Vamos orar...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Crente Fica Doente?


Escrito por Augustus Nicodemus Lopes.

Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer acometidos de doenças e males terminais.

Uma breve consulta feita à Capelania Hospitalar de grandes hospitais de algumas capitais do nosso país revela que há números elevados de evangélicos hospitalizados por todos os tipos de doença que acometem as pessoas em geral. A proporção de evangélicos nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa.

Para muitos evangélicos, os crentes só adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus. Todavia, apesar do ensino popular que a fé nos cura de todas as enfermidades, os hospitais e clínicas especializadas estão cheias de evangélicos de todas as denominações – tradicionais, pentecostais e neopentecostais –, sofrendo dos mais diversos tipos de males. Será que poderemos dizer que todos eles – sem exceção – estão ali porque pecaram contra Deus, ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente para conseguir a cura?

É nesse ponto que muitos evangélicos que adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam as suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem, mas marcados pela dúvida e incerteza. Eu gostaria de mostrar nesse post, todavia, que mesmo homens de fé podem ficar doentes, conforme a Bíblia e a História nos ensinam.

1. Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que adoeceram. Ao lermos a Bíblia como um todo, verificamos que homens de Deus, cheios de fé, ficaram doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o próprio profeta Eliseu. A Bíblia diz que ele padeceu de uma enfermidade que finalmente o levou a morte: “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer” (2Re 13.14). Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades freqüentes: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5.23).
Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2Tm 4.20).

O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto” (Gl 4.14). Alguns acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo: “[Epafrodito] estava angustiado porque ouvistes que adoeceu. Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27).

Temos ainda o caso de Jó, que mesmo sendo justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como sendo infligida por Satanás com permissão de Deus: “Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se” (Jó 2.7-8). O grande servo de Deus, Isaque, sofria da vista quando envelheceu, a ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú: “Tendo-se envelhecido Isaque e já não podendo ver, porque os olhos se lhe enfraqueciam” (Gn 27.1). Esses e outros exemplos poderiam ser citados para mostrar que homens de Deus, fiéis e santos, foram vitimados por doenças e enfermidades.

2. O mesmo ocorre na História da Igreja. Nem mesmo cristãos de destaque na história da Igreja escaparam das doenças e dos males. João Calvino era um homem acometido com freqüência de várias enfermidades. Mesmo aqueles que passaram a vida toda defendendo a cura pela fé também sofreram com as doenças. Alguns dos mais famosos acabaram morrendo de doenças e enfermidades. Um deles foi Edward Irving, chamado o pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem, contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho, frustrado e decepcionado com Deus.

Um outro caso conhecido é o de Adoniran Gordon, um dos principais líderes do movimento de cura pela fé do século passado. Gordon morreu de bronquite, apesar da sua fé e da fé de seus amigos. A. B. Simpson, outro líder do movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e arteriosclerose. Mais recentemente, morreu John Wimber, vitimado por um câncer de garganta. Wimber foi o fundador da igreja Vineyard Fellowship (“A Comunhão da Vinha ou Videira”) e do movimento moderno de “sinais e prodígios”. Ele, à semelhança de Gordon e Simpson, acreditava que pela fé em Cristo, o crente jamais ficaria doente. Líderes do movimento de cura pela fé no Brasil também têm ficado doentes. Não poucos deles usam óculos, para corrigir defeitos na vista e até têm defeito físico nas mãos.

O meu ponto aqui é que cristãos verdadeiros, pessoas de fé, eventualmente adoeceram e morreram de enfermidades, conforme a Bíblia e a História claramente demonstram. O significado disso é múltiplo, desde o conceito de que as doenças nem sempre representam falta de fé até o fato de que Deus se reserva o direito soberano de curar quem ele quiser.

Criacionismo nas Escolas? Breve Histórico da Controvérsia Recente e uma Posição Pessoal


Criacionismo nas Escolas? Breve Histórico da Controvérsia Recente e uma Posição Pessoal
Escrito por Solano Portela

A. Breve histórico da Controvérsia Recente (Cansado de tanta história? pule para a parte "B", do post):

1. Em novembro de 2008 o jornalista Marcelo Leite, da Folha de São Paulo, procurou o Mackenzie após tomar conhecimento que livros do Sistema Mackenzie de Ensino (SME) continham referências ao Criador e à Criação, ou seja: ensinavam o criacionismo. Ele fez entrevistas com o Rev. Dr. Augustus Nicodemus (como Chanceler da instituição), com o Rev. Dr. Mauro Meister (o assessor teológico-filosófico do programa), e com o Diretor de Ensino e Desenvolvimento da instituição, que dirige, entre outras coisas, os Colégios Presbiterianos Mackenzie (São Paulo, Tamboré e Brasília) e o SME.

2. O jornalista Marcelo Leite publicou o seu artigo, no domingo 30.11.2008, retratando aproximadamente o que ocorre, mas com a usual tendência de ridicularizar e distorcer quem não reza pela cartilha evolucionista.

3. O artigo teve uma repercussão bem acima da média e o seu blog, geralmente com 4 a 5 comentários por artigo, após a publicação deste artigo, ultrapassou 150 comentários, em duas semanas. A maioria destes, como se espera, fazendo coro no ataque ao criacionismo. Alguns outros, muito bons, em defesa do ensino. Vários pastores presbiterianos postaram comentários, naquela ocasião.

4. Nas duas semanas subsequentes, entre 01 a 12.12.2008 a Folha de São Paulo não passou um dia sem que o assunto “criacionismo” deixasse de freqüentar a coluna de carta dos leitores (Painel do Leitor). Isso despertou o interesse do restante da Mídia e da própria Folha, para continuidade da abordagem.

5. A Folha abordou o Dr. Christiano Silva Neto, conhecido criacionista, para que escrevesse uma posição a favor do criacionismo, colocando na mesma página outra posição contra, do evolucionista da Universidade Federal da Bahia, Charbel Niño El-Hani. Esses dois artigos foram publicados no sábado 06.12.2008, gerando ainda mais cartas sobre o tema.

6. O jornal O Estado de São Paulo fez, então, igual abordagem e entrevista e publicou, no caderno “Educação”, em 08.12.2008, uma reportagem sobre criacionismo nas escolas, dando a posição do Colégio Batista de São Paulo, do Mackenzie e de Colégios Adventistas. Essa reportagem ressaltou que nas escolas católicas “não há conflitos entre fé e teoria evolucionista”.

7. Essas notícias foram debatidas em vários BLOGS, como no do Mestre Enézio de Almeida Filho e no do conhecido Jornalista Reinaldo Azevedo.

8. Em 10.12.2008 a Globo News esteve no Mackenzie, com suas câmeras, repórteres, etc., e entrevistaram os Drs. Mauro Meister e Augustus Nicodemus, bem como a Diretora do Colégio de São Paulo, e coordenadora do SME, Profa. Débora Muniz. Os programas resultantes dessas gravações estão sendo levados ao ar em quatro segmentos neste mês de fevereiro de 2009 (veja links, datas e horários, nos comentários a esse post).

9. Em 13.12.2008, a Folha de São Paulo, na página C-4, publicou mais uma reportagem de página inteira. Nela, o Mackenzie é mencionado nominalmente, contrapondo a instituição ao Ministério da Educação, com várias provocações. Fotos mostraram a entrada e nome do Colégio Presbiteriano Mackenzie, o livro de Ciências, etc. A manchete tentava colocar o MEC em oposição ao ensino do criacionismo, mas a reportagem não conseguiu qualquer pronunciamento oficial do órgão. As escolas que assim ensinam operam dentro da perfeita legalidade, mui especialmente as instituição confessional, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 20. Este especifica a existência da escola confessional, assegurando assim a “pluralidade de visões” no cenário educacional brasileiro.

10. Em 14.12.2008, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma entrevista/artigo, em destaque, com a Dra. Roseli Fischmann, professora laureada da USP, ex-professora do Mackenzie, na pg. J3. Ela disse que “Deus não freqüenta laboratório de ciência e pesquisador não é divindade”, por isso criacionismo não deveria ser ensinado. Ao posicionar-se contra o ensino do contraditório, ela se contradiz, pois colocou, sim, pesquisadores (ou pretensos) como divindades, com a palavra final, imutável e inquestionável. Esse artigo rendeu diversas "cartas de leitores" e até um editorial - do Jornal, que indicava a rejeição do criacionismo, mas apontava a legitimidade das escolas confessionais, na apresentação de suas convicções. Reinaldo Azevedo destroçou a posição da Roseli, em um post.

11. 2009, como ano em que se comemora 150 anos da publicação do livro a Origem das Espécies, de Darwin, trouxe renovado interesse sobre a questão e várias solicitações de entrevistas, nas escolas confessionais, por órgãos de imprensa.

12. Em 31.01.2009 começa a circular a VEJA No. 2098. Ela traz artigo ("Lembra-te de Darwin") do Sr. André Petry, conhecido por suas posições beligerantemente anti-evangélicas, atacando o criacionismo, ao qual chama de retrocesso, dizendo-se "assustado" com o ensino desse. O artigo provoca reações, mais uma vez, em vários blogs. Muitos a favor, divulgando-o, outros, contra.
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B. Entrevista dada a órgão evangélico de imprensa denominacional (Janeiro de 2009). A seguir, apresento as perguntas formuladas por uma jornalista e as respostas que dei sobre o assunto do ensino do criacionismo em escolas confessionais:

1 - P: É sabido que aula de ciências é aula de ciências e que aula de religião é aula de religião. Mas, na prática, principalmente nas escolas confessionais, as duas "matérias" parecem apontar para uma única direção, que é a do criacionismo. Em se tratando de uma sociedade democrática, não seria mais correto apresentar as duas teorias (criacionismo e evolucionismo) e deixar que, com base na fé e na razão, os alunos escolham qual delas lhes parece mais convincente?
R: É exatamente essa perspectiva ampla, de que existem alternativas de pensamento, que se procura oferecer com o ensino do criacionismo. Há mais de um século que o evolucionismo tem sido apresentado de forma monolítica, não apenas como uma teoria, mas como fato comprovado. Sob o suposto manto de “ciência objetiva”, a academia tem impedido que se mostrem as alternativas interpretativas aos achados da Ciência. Na aula de religião, em uma escola cristã, ensina-se sobre Deus, sobre seus feitos, sobre as implicações de sua existência na vida pessoal, no caráter, no convívio, nas ações. Nas demais matérias, e não é só em Ciências, uma escola Cristã deveria partir do pressuposto de que Deus existe. Essa é uma realidade básica que não deve ser sonegada aos alunos, pois partindo dela eles estão sendo realmente educados e não enganados em uma falsa realidade. Semelhantemente, a “escola secular” não é “neutra”. Ela parte, sim, do pressuposto naturalista de que Deus não existe, ou de que ele é irrelevante ao que está sendo ensinado. A partir disso ela constrói a sua cosmovisão, na qual o homem reina supremo e Deus é o grande ausente. O Deus compartimentalizado à aula de religião, não é o Deus da Bíblia, que interage com a criação. Isso não significa que se ensine religião, na aula de ciência. A ciência explora a natureza, atesta e é construída em cima de regularidades físicas e químicas, chamadas de “leis”, de um universo harmônico que procede de Deus. Estudar ciência nesse contexto, faz muita diferença positiva. Os alunos esperam regularidade, não se surpreendem ou se intrigam com ela. Aprendem, também, a separar os fenômenos repetíveis e verificáveis em laboratório, das ilações filosóficas e meramente interpretativas relacionadas com a origem da matéria, dos seres vivos e da própria humanidade. Por último, as escolas confessionais, ensinam, sim, o evolucionismo, com o qualificativo que é a teoria mais aceita no mundo científico e preparam seus alunos adequadamente para estarem versados sobre ela, ainda que com o qualificativo de que não confundam teoria com fatos.

2 - P: Evolucionistas e criacionistas concordam em alguma coisa? No quê?
R: Concordam. Os evolucionistas examinam as diversas espécies de seres vivos, incluindo o homem, e discernem algum paralelismo estrutural nelas. Chegam à conclusão de que descendem, portanto de um ancestral comum. Os criacionistas verificam que existe, sim, paralelismo estrutural em grande parte da criação. Conjugam isso com a verdade bíblica da existência de um Criador – ou seja, em vez de um ancestral comum, temos um Criador comum, com um plano mestre, que criou as espécies. Há concordância, portanto, na primeira parte da avaliação da natureza. É importante ressaltar que dentro do criacionismo existe uma diversidade de opiniões sobre o desenvolvimento e o tempo a partir da criação, mas o ponto comum é a crença no Deus Criador.

3 - P: Qual a orientação das escolas presbiterianas com relação ao ensino do criacionismo e do evolucionismo?
R: O criacionismo faz parte da cosmovisão cristã. A existência do Deus Criador é substanciada na Palavra de Deus, faz parte dos documentos históricos doutrinários da Igreja Presbiteriana (seus “Símbolos de Fé”). Para serem coerentes, as escolas presbiterianas não deveriam se furtar ao ensino do criacionismo. Ao mesmo tempo, como já afirmamos, é necessário ensinar aos alunos o que diz a teoria da evolução, pois ela faz parte do sistema que nos cerca e no qual estamos inseridos.

4 - P: Os evolucionistas defendem que o evolucionismo é derivado de uma teoria científica consagrada e amplamente comprovada em diversos setores da biologia e antropologia, que ele é um dos pilares das conquistas científicas modernas e que, por conta disto, deve ser ensinado nas escolas. Para eles o criacionismo não passa de uma hipótese, sem bases científicas que comprovem a sua teoria. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
R: O evolucionismo está muito mais para filosofia, do que para ciência verdadeira. Achar que só essa idéia encontra abrigo legítimo em aula de ciência é um grande erro, especialmente nas últimas décadas, onde grandes descobertas da micro-biologia apontam para falhas gritantes na teoria da evolução. Um grande número de cientistas tem abraçado a idéia do Intelligent Design (aportuguesado, no Brasil, para design inteligente). O surpreendente é que vários desses não são cristãos; uma grande parte é até evolucionista em alguns pontos. No entanto têm enxergado que a teoria de Darwin tem lacunas e falhas enormes. Foi formulada, e permanece quase com a sua estrutura original, em época onda nem havia a instrumentação, nem as condições para o desenvolvimento da micro-biologia. O olhar de Darwin era para as coisas externas; o olhar da ciência biológica das décadas passadas, é para as estruturas internas. Elas se apresentam cada vez mais complexas do que se imaginava anteriormente e, ao mesmo, tempo, mais regulares na codificação que aponta para uma inteligência, em sua formação. É incrível como alguns autores, supostamente científicos, como o jornalista Marcelo Leite (Folha de São Paulo, 30.12.2008, no Caderno +!) dizem, sobre o DNA, que “Os primeiros seres vivos da Terra ‘inventaram’ essa maneira de transmitir caracterís­ticas de uma geração a outra, há cerca de 4 bilhões de anos, e ela se perpetuou desde então”! Ou seja, para o evolucionista, é mais fácil acreditar nessa falácia, do que na existência de um Criador Inteligente. Persistir somente com o ensino do evolucionismo, cerrando os olhos, os ouvidos e a boca às outras evidências, é um grande erro, é deseducar.

5 - P: O senhor acha que, um dia, essa discussão sobre "quem tem razão" a respeito da criação do mundo terá fim?
R: Para quem aceita a Palavra de Deus como escritura inspirada, proveniente do próprio Deus, através de autores humanos que foram preservados de erro, em seus registros, a questão já deveria estar resolvida. Deus criou, e ponto final. Para o homem natural, que não aceita a revelação de Deus, ele sempre estará a procura de explicações que excluam o próprio Deus da equação. Como ele teima em viver em metade da realidade, as suas equações sempre terão mais incógnitas do que sua capacidade de resolvê-las. Creio que a ciência irá descobrindo, mais e mais, evidências que dificultarão a ampla aceitação da evolução, como já é visto nos dias de hoje.

6 - P: Qual o papel do educador cristão diante dessas teorias?
R: O educador cristão luta com muitas dificuldades. Uma delas é a carência de material didático. É exatamente isso o que está se procurando suprir com o Sistema Mackenzie de Ensino que tem sido desenvolvido, no Mackenzie, desde 2005. Em 2009, os livros atingirão já o 5º. ano do ensino fundamental, começando com a pré-escola (Maternal, Jardim I e Jardim II). O material de ciências é uma “joint venture” com a ACSI (Associação Internacional de Escolas Cristãs) que foi traduzido e adaptado para as condições brasileiras. Os demais livros e matérias, também refletem a realidade de Deus; partem da pressuposição da divindade e não escondem essa verdade das crianças; mostram a diferença entre os sexos, a partir da criação; defendem o valor da família, e vários outros pilares que hoje são execrados e contestados pela sociedade pagã. A outra dificuldade, é a pressão para respeitabilidade social e corporativa. Eles são pressionados a aceitar a evolução, pois “todos pensam assim”. É preciso coragem e a percepção de que abraçar o criacionismo, nada mais é do que levar a Bíblia a sério e aplicar as verdades da Palavra ao todo da nossa vida. Quando ele encontra uma escola que dá o respaldo institucional a essa postura, obtém uma possibilidade de trabalho consciente e de realização pessoal, educando no sentido real do termo.

Não Fazem Mais Liberais como Antes


Escrito por Augustus Nicodemus Lopes



Uma coisa que eu sempre gostei dos antigos liberais alemães e americanos foi o radicalismo das suas idéias e a criatividade. Ficava impressionado com a coragem deles em cruzar as linhas que claramente demarcavam o solo santo da fé histórica da Igreja. Nunca entendi direito como alguém que não cria que a Bíblia era a Palavra de Deus, que não cria na Encarnação, que não cria na Ressurreição física e literal de Jesus, ainda podia ter algum interesse em estudar a Bíblia. Mas, eles não somente negavam tudo isto e muito mais, como também demonstravam uma criatividade extraordinária em explicar o que acreditavam que realmente havia acontecido na Igreja e em Israel. O bom da coisa é que eu sabia desde cedo com quem estava lidando. As linhas demarcatórias eram claras. Como disse Machen, o liberalismo não é cristianismo, mas uma outra religião. E isto ficava claro nos próprios livros dos liberais.

Mas hoje é diferente. Todo mundo nega que ainda existam liberais. Num sentido, é verdade. Pois o liberalismo teológico, como movimento e metodologia, já foi desacreditado. Os neo-liberais, sucessores dos próprios, são de outra estirpe, todavia. Prefiro os antigos liberais. Os neo-liberais não são radicais e nem criativos. Não tomam posição. Não falam claro. E nem escrevem claro. Preferem o caminho da ambiguidade, da incerteza, da mornidão, do crepúsculo. Você nunca sabe em que realmente um neo-liberal acredita. Nem quando ele fala e nem quando ele escreve. Uma vez um neo-liberal veio conversar comigo sobre a existência de um Adão histórico. Teria existido realmente? Durante a conversa toda fiquei sem saber se ele acreditava ou não que Adão havia existido realmente, se ele estava perguntando porque tinha dúvidas ou porque desejava ouvir os argumentos da minha parte. Os alunos de professores neo-liberais geralmente saem divididos da aula: "O professor acredita na Bíblia!" diz um. "Como?", responde o outro, "ele chamou tudo de mito!".

E a queda que os neo-liberais têm para o pentecostalismo? Aí é que confunde tudo! Acho que os pentecostais não reconheceriam os neo-liberais como filhos legítimos. Ninguém nem sabe se eles acreditam na personalidade do Espírito Santo e se acreditam que milagres aconteceram (e acontecem). Os antigos liberais, contudo, permaneciam geralmente na tradição de suas igrejas. Bultmann (foto ao lado) foi, até morrer, diácono da Igreja Luterana.

Seminários onde não se ensina nem o liberalismo e nem o cristianismo histórico (não usei "fundamentalismo" de propósito), e onde não existe uma linha definida, são fábricas de neo-liberais. Eles saem de lá desacreditando da teologia, pois tantas dúvidas foram semeadas que não sabem mais como acreditar firmemente em alguma coisa. Daí, no ministério e na vida pessoal as opções são o pragmatismo e/ou o pentecostalismo. E em vez de teologia, passam a gostar de poesia.

Os antigos liberais eram impressionantes pela firmeza, pela clareza e pela coragem. Vários perderam seus empregos e ministérios por tomarem posição clara, como Strauss (foto ao lado), que publicou suas idéias acerca do Jesus histórico. Seus herdeiros, os neo-liberais, nem mesmo eles sabem em que acreditam, pois acreditam em tudo. Não se fazem mais liberais como antigamente.

A pregação de Jesus


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
TEXTO: LC. 9:57 -62.
INTRODUÇÃO
Quando olhamos para pregação de Jesus chegamos à conclusão que a mensagem que Ele pregava não é a mesma pregada em muitos púlpitos dos nossos dias.
Temos a maioria das vezes presenciado o crescimento de um evangelho barato, sem nenhum esforço.
Os chamados grandes líderes de nossos dias na ânsia de terem sucesso têm se prestado a práticas místicas e escusas até.
Não temos como olhar pra os ensinos de Jesus e fazer uma ponte com os nossos dias e não ficarmos surpresos.
Quando pra o modelo de pregação dEle eu tenho a impressão que se Ele tivesse vivendo entre nós fisicamente, talvez ninguém quisesse Ele pregando em sua Igreja.
Pois para o modelo que temos hoje, Jesus, seria um péssimo pregador.
Jesus do que preocupado com as multidões, a sua maior preocupação era com a qualidade.
Certa feita depois de pregar seus discípulos se acercaram dEle e lhe disseram: “Senhor a pregação foi dura, tem muita gente indo embora”. Ao que Ele respondeu: vocês não querem ir também?
O texto que nós acabamos de ler Ele também traz uma mensagem dura, mas essa é a Palavra de Jesus.
E Jesus de forma bem clara nos deixa aqui alguns princípios para aqueles que se tornam seus discípulos.
Vivemos em uma sociedade que ser crente é muito fácil, não tem que deixar nada, não tem que fazer nada, é só freqüentar uma Igreja e dizer: eu sou crente.
Será que Jesus pensava e ensinava assim? Vamos descobrir!
O texto lido nos mostra 3 exemplos ou incidentes ocorridos em uma das viagens de Jesus. Aonde Ele vai através deles nos mostrar 3 princípios a serem seguidos pelo cristão.
1º Princípio: É o da renúncia: 57,58.
Este primeiro personagem Mateus nos informa que ele era um escriba (Mt. 8:19).
Mas o que nos chama a atenção não é que ele era, mas, o que ele disse: “Seguir-te-ei por onde quer que fores”.
Isso nos faz lembrar de Rute a Moabita que disse a Noemi: “Aonde quer que fores irei eu”.
Talvez esse escriba tivesse ficado com as multidões, com os milagres, com as curas, com a forma que Jesus falava.
E isso não impressionou a Jesus, pois Ele vê as intenções do coração do homem. E este homem tinha uma visão romântica do que é ser discípulo Jesus.
Será que quando as coisas apertassem ele estaria disposto a renúncia de si mesmo, ao sacrifício, ao serviço e até ao sofrimento?
Mas Jesus mostra-lhe a realidade do verdadeiro cristianismo e para isso Ele usa dois exemplos:
1- O ex. das raposas, que tem os seus covis (buracos cavados no solo, que servia de habitação, onde se escondem durante o dia e a noite saem para caçar).
2- O ex. das aves, que tem os seus ninhos, que estabelecem como sua posse onde encontram abrigo e se defendem dos inimigos.
O que Jesus quer dizer aqui que estes animais têm um lugar fixo, tem seu habitat.
No entanto, o Filho do homem nada disso possuía.
No seu nascimento, não havia lugar para Ele na hospedaria.
E à medida que seu ministério avança: A Judéia o rejeita, A Galiléia o expulsa, Samaria lhe nega estadia, a terra não o quer.
Com estas palavras Jesus fez aquele escriba calcular antes de construir a torre.
APLICAÇÃO
Muito me impressionava a vida militar (roupa, prêmios, honras, mas quando cheguei lá não foi bem o que encontrei).
Entendi que as honras, as medalhas, o reconhecimento aconteciam, mas a custo de muita luta e suor.
Assim também é o Cristianismo é pela cruz que as vitórias.
Mas louvado seja Deus que no final seremos laureados, é isso que Paulo afirma: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”.
Ser cristão é pagar o preço da renúncia, só participarão das glórias aqueles que também participarem da cruz.
2º Princípio: É o da Prioridade 59,60.
O segundo não sabemos quem é e também é diferente o exemplo, com este é Jesus quem pede que ele o siga.
Porém ele diz que tem algo a fazer: Sepultar seu pai e depois o seguiria.
Ou seja, a sua vida estava desordenada, as suas prioridades eram desvirtuadas.
Mas nós podemos pensar: que haveria em esta pessoa ir sepultar a seu pai e depois segui-lo! Mas Jesus vê o coração.
Os funerais em Israel ocupavam uma escala de prioridade, a pessoa parava tudo pra participar deles.
E de fato, não havia mal algum neste ato, mas naquele momento era inadequado, Jesus é mais importante.
Sepultar seu pai era secundário, (outros poderiam fazer isso) mas, seguir a Jesus era prioridade (e era algo pessoal).
E a resposta de Jesus revela isso: “Deixem os mortos sepultar seus mortos” (mortos espirituais).
APLICAÇÃO
Há muitas coisas que outras pessoas podem fazer por você, mas só você pode seguir a Jesus.
Você não pode pagar outra pessoa pra seguir Jesus em seu lugar, lembre-se disso.
O que tem impedido de você dá prioridade a Jesus em sua vida, o que falta você sepultar, sepulte hoje em nome de Jesus.
3º Princípio: É o da convicção, 61, 62.
O terceiro exemplo é de alguém voluntarioso que se dispõe a seguir Jesus, mas que também tinha algo a fazer: se despedir de sua família.
Também não há nada de mal a principio nesse aspirante a discípulo e fazer isso, mas novamente pensemos: Jesus vê o coração.
Talvez se essa pessoa fosse se despedir da sua família e ao considerar os apelos de sua mãe, o choro de seu pai desistisse de ser discípulo de Cristo.
E para reforçar Jesus diz: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”.
Jesus aqui uma linguagem rural onde uma pessoa está no serviço da aração da terra (quem já fez isso?).
É impossível alguém nesse serviço desempenhar bem a sua atividade se não olhar pra frente.
Duas coisas importante Jesus nos ensina com isso:
1- Quando uma pessoa nesse serviço não olha pra frente, os sulcos ficam tortos;
2- Sempre que a pessoa olhar pra traz vai sentir o desejo de voltar e consertar o que ficou mal feito.
APLICAÇÃO
A mesma coisa acontecerá na vida cristã, se não nos focarmos em Jesus nossa vida será torta.
Não dá pra ser cristão tendo o coração dividido, em quem você tem posto os seus olhos.
A bíblia diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro”.
CONCLUSÃO
Sejamos cristãos autênticos, dispostos a pagar o preço.
E com certeza Deus nos coroará com muitas bênçãos.
A Bíblia diz em Apocalipse: “Ser fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”.

Lidando com as tentações


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto: II Sam. 11:1-5.
Introdução Os erros que cometemos na maioria das vezes eles não efetivam de forma instantânea.
Mas, geralmente eles passam por etapas que vão do pensamento até a prática propriamente dita.
Mesmo crentes em Jesus que somos ainda temos que conviver com as tentações.
Tentações não são nada mais que desejos, inclinações da nossa carne, que procedem da nossa natureza humana pecadora, que tenta nos levar a desobedecermos às ordens do criador.
Elucidação Acabamos de ler o texto que nos mostra uma das maiores faltas ou pecados cometidos pelo rei Davi.
Trata-se do adultério que praticou com Bate-Seba mulher do soldado Urias que fazia parte do seu exercito.
Um homem corajoso, fiel ao rei e de uma moral elevada.
Davi mesmo sendo um homem justo, piedoso, um homem segundo o coração de Deus cedeu à tentação e desobedeceu a Deus.
Se Davi com todas estas qualidades caiu imagine nós.
No último Domingo preguei sobre largarmos os fardos, hoje gostaria de ser específico.
E refletir com vocês sobre o seguinte tema:
Como vencer as tentações?
Para lidarmos com as tentações precisamos está atentos para não cometermos alguns erros que Davi cometeu.
1º Erro que Davi cometeu encontramos no verso 1: Ele ficou em Jerusalém.
Você poderia perguntar: Mas que mal haveria em o rei ficar em Jerusalém?
O texto nos fornece algo claro sobre isso: Ele diz que numa determinada época do ano em que os reis costumavam sair à guerra, o que foi que Davi fez? Ele ficou.
O Dr. Shedd diz: “Que provavelmente esse tempo era o tempo da primavera, logo depois das chuvas”.
Os reis geralmente mandavam seus exércitos à guerra sob o comando de um general e ficavam, mas em dado momento eles precisavam participar também.
Quando não era tempo, Davi resolveu tirar uma folga (talvez tenha acordado indisposto, talvez resolveu dormir um pouco mais), o certo é que ele resolveu ficar em Jerusalém.
Aplicação Amados quantas vezes achamos que outros podem fazer aquilo que deveríamos fazer.
Quantas vezes movidos por egoísmo dizemos: “há eu mereço isso”.
Quantas vezes pensamos: “A guerra é fácil, não vão precisar de mim, outro pode fazer a minha parte”.
Tenha cuidado, e entenda que nem sempre outros podem fazer o que é pra você fazer.
Esse foi o primeiro erro que Davi cometeu e talvez se ele não tivesse ficado ele teria evitado o mal que cometeu.
2º erro cometido pelo rei Davi encontramos no verso nos versos 2 e 3: Entregou-se ao ócio.
Ociosidade é definido pelos dicionários como o contrário de ocupação, e caracteriza um individuo sem nada pra fazer.
Numa bela tarde depois daquele sono, logo após o almoço, o rei se levanta da sua cama e começa a passear pelo terraço e o que ele ver?
Uma linda mulher se banhando, era Bate-Seba mulher de Urias.
A beleza da mulher chamou a atenção de Davi e ele a admirou.
Até aí tudo bem, não há nada de mais você admirar alguém.
Mas ele não apenas viu e admirou, ele mandou perguntar quem era ela.
Sequencialmente no texto vemos Davi cavando sua própria sepultura.
E com certeza o que contribuiu para isso foi a sua ociosidade.
Citando mais uma vez o Dr. Shedd ele comenta: “Quando uma pessoa está na ociosidade e deixa que outros façam as suas obrigações, passando o tempo a dormir e a passear começa a ver coisas que não devem ser vistas, a cobiçar coisas proibidas”.
Aplicação Meus queridos, no exercício da vida cristã não podemos baixar a guarda nunca.
Pra não cairmos no pecado e consequentemente no desagrado de Deus, precisamos cortar o mau pela raiz.
Quando os nossos pensamentos, os nossos olhos, os nossos ouvidos começarem nos despertar para o que não presta é necessário ser forte e dizer não.
Não se permita entrega-se ao ócio, procure algo pra fazer, se mantenha ocupado.
Alguém já disse que: “que cabeça vazia é oficina do diabo”.
E quando as tentações chegarem, lembre-se elas não são mais fortes do que você.
A bíblia nos diz em I Co 10: 13: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.
Esse foi o segundo erro cometido por Davi, vejam que as coisas se aprofundado.
3º erro cometido por Davi está no verso 4: Ele caiu no pecado.
Vejam que tudo isso começou em uma olhadinha e se tornou num adultério.
Apesar de Davi ter muitas mulheres, muitas concubinas ele quis mais uma (foi isso que o profeta Natã disse a ele, que certo homem rico ovelhas e gados e tomou a única cordeirinha que tinha um homem pobre).
Se o adultério em si já era mais do que suficiente para Deus o punir a situação piora, isso nos mostra o verso 5.
Quando isso aconteceu com Davi ele já era um homem maduro com mais ou menos cinqüenta anos de idade.
Citando ainda o Dr. Shedd ele comenta que isso ocorreu no melhor momento do seu governo, no tempo de suas maiores conquistas.
Por um ato impensado ele coloca tudo em cheque, corre o risco de ofuscar todo o brilho das conquistas.
Aí Davi o homem carnal começa a aparecer:
1º Tentando se livrar, fazendo com que Urias assuma um filho que não era seu, versos 6 a 11.
2º Decretando a morte de Urias, versos 14 a 17.
Aplicação Meus amados, ninguém por experiente que seja está imune as quedas.
Por mais experiente que você for não confie em você mesmo senão o estrago é grande.
A bíblia nos diz em I Co. 10: 12: “Aquele, pois, “que pensa” estar em pé veja que não caia”
Diz também em Salmos 42:7 “Um abismo chama outro abismo”. Foi isso que aconteceu com Davi.
Se cedermos às tentações, seremos disciplinados pelo Senhor, e horrível coisa é cair nas mãos de um Deus vivo.
Conclusão Ao olharmos para esse episódio ocorrido com Davi aprendemos a nos precaver e sermos sábios quanto aos nossos pensamentos (Bola de neve, uma teia).
Lutero certa feita disse: “Não posso impedir que pássaros voem sobre minha cabeça, mas posso impedir que eles façam um ninho”. Amém!
Se você quiser vencer as tentações cuidado para não cometer os erros de Davi.

Você é estável ou instável?


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto Mateus 16:16.
Introdução
Existem duas palavrinhas na língua portuguesa que são semelhantes em sua pronúncia, mas com significados totalmente diferentes.
São elas ESTÁVEL e INSTÁVEL. Elas são tão semelhantes que se as pronunciarmos rápido confundiremos quem nos ouve.
Vejamos então seus significados:
ESTÁVEL: Que não se desloca, que não é sujeito a mudanças, que permanece firme, que é seguro, sólido.
INSTÁVEL: Que não tem segurança, que não está firme, que é volúvel, movediço.
ELUCIDAÇÃO
Amados acabamos de ler um texto onde Pedro faz uma das mais se não a mais importante afirmação da história: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”.
Encontramos aqui Jesus questionando os seus discípulos com relação ao que o povo dizia ou supunha ser Ele.
Estava havendo especulações com respeito a este assunto.
Afinal os judeus aguardavam ansiosos a vinda do Messias, que na visão deles os libertaria do jugo romano.
Jesus nasce em meio a este contexto e aqueles que esperavam um líder puramente político se decepcionam.
E quando muitos olhavam pra Jesus o denominaram de João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas.
Sem contar que os fariseus o intularam de Belzebú (Nome de um demônio cananeu) associando as obras que Jesus fazia a esse demônio.
Porém naquele contexto se levanta Pedro e com segurança e convicção afirma: ...
Ao olharmos para esta afirmação poderíamos concluir que Pedro era o mais seguro dos Apóstolos.
No entanto vamos encontrar em Pedro um homem instável.
Gostaria de nesta noite olhar para alguns acontecimentos na vida deste personagem e tirar algumas lições para as nossas vidas.
Tema: Jogando fora o fardo da instabilidade.
1º lugar: Pedro era instável na fé.
Mt. 14: 28: “Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”. 29 – 31: “E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?”

Ninguém além de Pedro ao ver Jesus andando sobre as águas teve a ousadia que ele teve...

Ele se dispõe a andar sobre as águas também, no entanto quando ele começa a andar a sua fé enfraquece e o texto diz: “ele começou a olhar a força do vento e...”

Aplicação
Tem gente que tem uma fé que só vendo, “quando as coisas estão bem”.

Mas quando a situação muda a pessoa muda também (Olha a força do vento das provas...).

Torna-se medroso, murmurador, inseguro e incrédulo, assim era Pedro.

Veja o que Tiago diz sobre isso. 1: 5 – 8...

2º lugar: Pedro era instável nas palavras.
Mt. 16: 16 - 18 “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mt. 16: 21 – 23: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”.

Aquele homem firme e de convicção que a momentos atrás fora usado por Deus, agora empresta sua boca ao diabo.

Como Pedro era volúvel, mutável, ele era um grande falador.

Aplicação
Tem gente que muda o discurso de acordo com o ambiente, conforme lhe é conveniente.

Quantas vezes movidos pelo temperamento estamos emprestando nossa boca ao diabo.

Vejamos o que Tiago diz sobre isso: Tg. 3:10: “De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim”.

3º lugar: Pedro era instável no perdão.
Mt. 18: 21: “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?”
Jo. 18: 10: “Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco”.

O mesmo Pedro que a principio demonstrava ter um coração disposto a perdoar, agora é o mesmo que está pronto a fazer justiça com as próprias mãos.

Pedro era um daqueles que não levava desaforo pra casa.

Aplicação
Quantas vezes agimos também assim, temos um ótimo discurso sobre o perdão e outras valores da vida cristã, mas que não passa muitas vezes de discurso.

Estamos prontos a exigir que os outros perdoem, mas quando nós temos que perdoar tiramos o corpo fora. (desembainhamos nossa espada).

Parece que estamos mais dispostos a viver a lei de talião (Olho por olho e dente por dente) do que obedecer a Deus.

4º lugar: Pedro era instável nos seus compromissos.
Mt. 26: 33,35ª: “Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei”. Mt. 26: 57, 58, 69 – 74ª : “E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos. Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se entre os serventuários, para ver o fim. Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu. Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem!”

Aquele que jurara fidelidade até a morte esfria e começa a seguir Jesus de longe, sem nenhum compromisso.

O mesmo que não se escandalizava nega abertamente qualquer associação com Jesus.

Nega com juramento e pragueja.

Aplicação
Todos nós que estamos aqui nesta noite juramos obediência a Deus, prometemos testemunhar dele em qualquer lugar.

Mas quantas vezes estamos seguindo Jesus de longe.

As pessoas com quem você convive sabem que você é um servo de Jesus?

Deus quer ver em nós mais do que palavras, Ele quer ver prática.

Conclusão

Mas, irmãos a vida de Pedro mudou, o Senhor Jesus mudou a vida dele. Logo após a crucificação Pedro voltou a velha vida de pescador, afastou-se do círculo dos discípulos.

Mas Jesus após a ressurreição foi ter com ele, isso está registrado em João 21: 15 – 19...

A vida de Pedro não foi mais a mesma (podemos ver isso em Atos: 3 mil convertidos, o grande líder da Igreja).

A tradição nos informa que Pedro no final de sua vida foi martirizado p/am Cristo (crucificado de cabeça para baixo).

Eu gostaria de lhe dizer que precisamos jogar fora o fardo da instabilidade e sermos crentes estáveis, firmes, convictos.

Precisamos fazer da nossa igreja uma igreja estável, apesar das dificuldades.

Precisamos acabar com essa história de uma semana estarmos bem e na outra estarmos mau.

Assuma um compromisso com Deus de ser um crente firme apesar das dificuldades e diferenças.

Somos imperfeitos (o primeiro sou eu) e entenda que você não vai encontrar uma igreja perfeita aqui na terra.

Vamos renunciar nosso temperamento, nosso orgulho, tudo aquilo que nos separa de Deus e dos nossos irmãos. (É hora de darmos um basta em tudo isso).

Peça a Deus que lhe ajude a ser um crente estável na fé, apesar das dificuldades.

Peça a Deus que lhe ajude a ser um crente estável nas suas palavras, apesar do contexto.

Peça a Deus que lhe ajude a ser um crente estável no perdão, apesar das circunstancias.

Peça a Deus que lhe ajude a ser um crente estável nos compromissos, mesmo diante das provas e tentações. (momento de oração).

O Grande amor de Deus


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto: I João 3:1.
INTRODUÇÃO
Qual foi o evento que você viu e mais lhe chamou atenção? Que lhe causou espanto e admiração?
Eu lembro-me que na década de 80 algo me causou espanto e admiração, acho que não só a mim, mas a todos que viram foi a passagem pela terra do cometa Halley.
Ou talvez o que tenha lhe impressionado tenha sido o ataque terrorista nos Estados Unidos onde ruíram as Torres gêmeas.
Ou ainda talvez tenha sido o acidente com o avião da TAM em São Paulo onde morreram dezenas de pessoas.
Ou ainda o que pode ter deixado você impressionado tenha sido a abertura dos jogos olímpicos em Pequim.
ELUCIDAÇÃO
O escritor desta carta é João Apóstolo de Jesus, Escritor também do Quarto Evangelho bem como das outras duas cartas e o Apocalipse.
João tem como principal propósito exortar as Igreja situadas na Ásia a rejeitarem o ensino dos falsos mestres que estavam deturpando a Pessoa e a Obra de Cristo.
Eles estavam negando que Jesus era o Cristo de Deus. (IJo. 2.22, 23).
Negavam que Ele tinha vindo em carne. (IJo. 4. 2,3).
O texto que lemos trata do grande amor de Deus revelado na pessoa de seu Filho Jesus Cristo.
E através desse texto João está mostrando que Jesus é real e isso se manifestou por tão grande amor demonstrado por nós.
TEMA: O amor de Deus, algo inigualável.
Por quê?
1º Lugar: Pela sua grandeza 1ª parte: (Vede que grande amor nos tem concedido o Pai).
João mostra esse fato com espanto, com admiração. (o texto no original demonstra isso: “Vede”, “olhem pra isso”, “vejam só que espetacular”, “parem tudo e olhem”.
O amor de Deus é tão grandioso que o faz explodir em admiração.
É como se ele tivesse dizendo: Olhem diante de tudo que eu já vi e me impressionei não há nada semelhante ao amor de Deus, não há nada que se possa comparar.
A expressão também é a mesma para alguém que busca encontrar a origem de alguma coisa, é como se ele tivesse se perguntando de que país, de que lugar provém tão grande amor.
Foi essa mesma admiração que o fez no Evangelho dizer que o amor de Deus foi de “tal forma”, (3.16).
Esse amor se caracterizou pela entrega “concedido”, Deus entregou seu único Filho por nós.
Você tem quantos filhos? Agora pense no seu melhor amigo, você teria coragem de oferecer um de seus filhos por ele?
Jesus foi oferecido por inimigos Rm. 5: 6 – 10ª, IJo. 4:9,10.
Mas, o amor de Deus é algo inigualável
Por quê?
2º Lugar: Pelo seu efeito 2ª parte (a ponto se sermos chamados filhos de Deus).
A expressão de João no original para “filhos” “feitos crianças”, “gerados filhos” de Deus.
Ou seja, a ação do amor de Deus foi tão grandiosa que nos transformou em novas criaturas.
A partir desse evento a nossa existência sobre a terra foi marcada por um antes e um depois. (I Jo. 3:2).
Muitas vezes ouvimos a expressão: “mas todo mundo é filho de Deus”, será que isso é verdade?
Pelo texto que lemos, não! Mas é a ação de Deus em nosso favor que mudou nossa posição.
Algo totalmente imerecido, ação inteira e completa de Deus.
A admiração reside no fato que este amor nos tornou filhos de Deus.
Foi esse amor que mudou o curso da nossa história.
Mas ainda irmãos O amor de Deus é algo inigualável
Por quê?
3º Lugar: Pela sua natureza. (e de fato somos filhos de Deus. Por essa razão o mundo não nos conhece, por quanto não conheceu a ele mesmo).
João nos exorta a ter certeza disso e de fato somos filhos de Deus.
Devemos entender quem somos de fato filhos de Deus não porque haja em nós algo de bom, mas pela graça proviniente de Deus.
Somos mesmo filhos de Deus, não importam o que os homens digam ou pensem.
A Igreja vai sempre causar estranheza a esse mundo pela cegueira que eles se encontram.
E o fato em que somos filhos de Deus causa esse espanto e o mundo não nos conhece.
A natureza do amor de Deus será sempre incompreendida pelo mundo.
Amados os filhos de Deus e o mundo são tão diferentes entre si que não há possibilidade de sermos reconhecido por ele. (I Co. 2: 15,16). “Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”.
O mundo jamais reconhecerá o fato de sermos filhos de Deus, ele zomba, escarnece (certeza da salvação).
Para firmar a nossa convicção da Filiação de Deus em nós o escritor usa o exemplo do próprio Jesus.
Dizendo que da mesma forma o mundo não reconheceu que Jesus, o carpinteiro, era o Messias, era o Salvador do mundo, era o filho de Deus.
João 1:10: “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu”.
João 17:25: “Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste”.
Se assim Deus, Jesus foram tratados não é de admirar que com a Igreja seja diferente.
APLICAÇÕES
O amor que Deus tem por nós é algo inigualável e constantemente devemos lembrar disso (Vários momentos).
O salmista no salmo 27:10, diz: “Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me acolherá”.
A cada instante de nossas vidas devemos refletir no fato que somos filhos de Deus (decisões, reações).
Ele mudou a nossa condição, éramos apenas criaturas agora somos Filhos, amém!
Embora o mundo não reconheça isso, somos de fato filhos de Deus. Esse fato é permanente e duradouro. (hoje filho amanhã criatura).
Não importa a estranheza, em não sermos assim reconhecidos, Deus nos confirma que de fato somos gerados de Deus, amados por Deus, guardados por Deus, Amém!
CONCLUSÃO
Temos no mundo muitas coisas que nos surpreendem que provocam espanto e admiração.
A informatização cada vez mais nos espanta-nos deixa-nos extasiados. (queixo caído).
A modernidade e os eventos na terra cada vez têm novidades.
Mas diante de tudo isso nada é mais surpreendente do que o amor que Deus tem por nós.
Nada pode ser igualado a Ele, pela sua grandeza, pelo seu efeito e pela sua natureza.
Que Deus continue a nos abençoar, Amém!

A Tragédia do Recife!



Reflexão feita por Solano Portela.

Todos têm acompanhado o caso da menina de 9 anos, em Pernambuco, que foi abusada e estuprada pelo padastro. Com a gravidez, o crime veio à tona e o criminoso está preso. A menina teve a gravidez interrompida por aborto induzido, realizado por médicos, com o apoio da justiça. O caso tem recebido ampla divulgação e repercussão. Alguns blogs cristãos têm escrito sobre o triste assunto, como o "mastigue", de jovens, para jovens, e o do Rev. Dr. Alfredo de Souza. Neste último, coloquei um comentário, que posto abaixo, em versão expandida e corrigida.
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Infelizmente as decisões éticas da nossa terra não se pautam por quaisquer considerações sobre os princípios de Deus, mas meramente por considerações antropocêntricas. Por princípio, pela consideração à vida, ensinada na Escritura, sou contra o aborto. No entanto, a complexidade desse caso me intriga.

Não tenho condição de fazer as avaliações médicas (essas são fruto, também, da dádiva divina do conhecimento, possibilitado pela Graça Comum de Deus, àqueles que são chamados a esse campo), nem de avaliar o quanto a vida da menina estaria em risco. Confiar em outros, em questões tão cruciais, é temeroso. Mas há outro curso viável? As coisas correram rápido demais, alguém tomou uma decisão do dia para a noite e somos confrontados com o fait accompli e deixados às nossas considerações morais quanto à tragédia.

Com olhar de leigo, muito pesaroso, vi as fotos e a situação dela - tão jovem e tão destituída e roubada de sua inocência, por aqueles próximos dela. Um corpo de criança carregando duas vidas, às quais não estava fisiológicamente preparada(no desenvolvimento natural divino), ainda, para carregá-las. O quanto de risco à vida dela, já tão massacrada e abusada, traria a continuidade de tal gravidez? Não sei.

Isso leva a um dilema ético. Não seria ele comparável ao que é enfrentado por um enfermeiro que trabalha em um hospital superlotado, que está com os doentes espalhados pelo corredor, alguns em estado terminal, e que vê apenas um leito sendo aberto, na ala de cirurgia? Como ele vai selecionar quem vai viver e quem vai morrer?

1.
Pela cronologia da entrada ("Deus mandou esse primeiro do que aquele, então vou atender na ordem de chegada")?

2.
Ou seria por uma compreensão subjetiva da gravidade do caso ("acho que esse aqui, que chegou depois, está morrendo mais rápido que o outro, que chegou antes")?

3.
Ou pela idade ("Esse, que está morrendo já está idoso, vou salvar o mais jovem que tem uma vida toda pela frente")?

No caso da menina grávida, vejamos, em duas ações (matar ou deixar), 5 possibilidades de resultados:

1.
Matar 2, deixar 1; salvar 1: abortam-se os fetos, salva-se a mãe (situação decidida pelos médicos).

2.
Matar 0, deixar 3; salvar 0: não se faz nada, morrem todos (situação considerada a mais provável pelos médicos).

3.
Matar 0, deixar 3; salvar 2: não se faz nada, morre a mãe, salvam-se as crianças (situação considerada improvável pelos médicos).

4.
Matar 0, deixar 3; salvar 1: não se faz nada, morrem os fetos, salva-se a mãe(situação considerada possível, pelos médicos, mas com alto risco para a mãe).

5.
Matar 0, deixar 3, salvar 3: não se faz nada, salvam-se as crianças e a mãe (situação considerada impossível, pelos médicos).

A única coisa clara para mim, nessa questão e nesse estágio, é o merecimento da morte por parte do padastro; a quem imputo, igualmente, a responsabilidade pela morte das crianças que foram geradas. E, se fosse esse o curso, essa execução deveria ser feita pelo estado, com julgamento e sentença, e não por outros presidiários, como provavelmente ocorrerá.

A posição do arcebispo lá da terrinha, não veio embasada de considerações bíblicas, mas de um apelo “à lei canônica”. No dia que essa mudar, ele muda, também. Precisamos, realmente de muita humildade e aprofundamento nas Escrituras para discernir o curso, em casos como esse. Aos que desejarem pesquisar mais um pouco, sugiro a leitura do livro de Norman Geisler, Ética Cristã: alternativas e questões contemporâneas, Cap. 12. Vejam as opiniões do autor, que ele procura embasar na Palavra, sobre a questão do aborto, e outras situações, como a dessa tragédia, no Recife.

Reprimir o Desejo Sexual faz Mal?


Esta reflexão foi postada por Augustus Nicodemus Lopes no Blog: tempora-mores.blogspot.com

Recebi diversos comentários (alguns impublicáveis) ao post Carta a Um Jovem Evangélico que Faz Sexo com a Namorada argumentando que a abstinência sexual defendida por mim e outros que comentaram a matéria provoca nos jovens evangélicos traumas e neuroses. Ou seja, passar a adolescência e a mocidade sem ter relações sexuais faz com que os evangélicos fiquem traumatizados, perturbados mental e espiritualmente, reprimidos e recalcados.

Esse raciocínio tem sua origem mais recente nas idéias do famoso Sigmund Freud. Para ele, o sexo era o fator dominante na etiologia das neuroses e o desejo sexual era a motivação quase que exclusiva para o comportamento das pessoas. No início, Freud falava que o ser humano, até biologicamente (todos os seres vivos, no final), viveria sua existência na tensão entre dois princípios, ou instintos, primordiais: o princípio do prazer (instintivo e ligado ao id, às vezes relacionado como a libido) e o princípio da realidade (a limitação do prazer para tornar a vida possível, princípio ligado mais ao amadurecimento e, às vezes, ao superego). Mais tarde (na publicação de Além do Princípio do Prazer, 1920), ele passou a falar em outros dois princípios mais amplos, o princípio de vida e o princípio de morte, os quais ele denominou eros e tanatos, como os dois princípios que geram a tensão que move o ego. De qualquer modo, tanto o princípio do prazer quanto eros (princípio de vida) eram, para Freud, princípios instintivos, ligados à preservação da vida e da espécie, e sempre conectados ao apetite sexual (ver Os Instintos e Suas Vicissitudes, 1915).

Nem as crianças estariam livres desse apetite sexual instintivo – elas desejavam sexualmente seus pais. Freud apelou aqui para o complexo de Édipo, em que o filho deseja sexualmente a mãe e o complexo de Eletra, a inveja que a menina tem do pênis do menino. Naturalmente, quando esses desejos sexuais eram interrompidos, resistidos, negados, o resultado eram as neuroses, os traumas. As obras mais conhecidas onde ele sustenta seus argumentos são Sobre as Teorias Sexuais das Crianças (1908) e Uma criança é espancada - uma contribuição ao estudo da origem das perversões sexuais (1919), onde ele defende o surgimento das neuroses como resultado da repressão do desejo sexual.

Em que pese a importância de Freud, seu modelo e suas idéias têm sido largamente criticados e rejeitados por muitos estudiosos competentes. Todavia, algumas de suas idéias – como essa de que a repressão sexual é a causa de todas as neuroses e distúrbios – acabou se popularizando e é repetida por muitos que nunca realmente se preocuparam em examinar o assunto mais de perto.

Vou dizer por que considero esse argumento apenas como mais uma desculpa de libertinos que procuram se justificar diante de Deus, da igreja e de si mesmos pelo fato de terem relações sexuais antes e fora do casamento. Ou pelo menos, por defenderem essa idéia.

1. Esse argumento parte do princípio que os evangélicos conservadores são contra o sexo. Já desisti de tentar mostrar aos libertinos que essa idéia é uma representação falsa da visão cristã conservadora sobre o assunto. Nós não somos contra o sexo em si. Somos contra o sexo fora do casamento, pois entendemos que as relações sexuais devem ser desfrutadas somente por pessoas legitimamente casadas (ah, sim, cremos no casamento também). Foi o próprio Deus que nos criou sexuados. E ele criou o sexo não somente para a procriação, mas como meio de comunhão, comunicação e prazer entre marido e mulher. Há muitas passagens na Bíblia que se referem às relações sexuais entre marido e mulher como sendo fonte de prazer e alegria. O livro de Cantares trata abertamente desse ponto. Em Provérbios encontramos passagens como essa:

Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias (Pv 5.18-19).

Não, não acredito que o sexo é somente para a procriação. Não, não sou contra planejamento familiar e o uso de meios preventivos da gravidez, desde que não sejam abortivos. Sim, o sexo é uma bênção, desde que usado dentro dos limites colocados pelo Criador.

2. Esse argumento, no fundo, acaba colocando a culpa em Deus, na Bíblia e na Igreja de serem uma fábrica de neuróticos reprimidos. Sim, pois a Bíblia ensina claramente a abstinência, a pureza sexual e a virgindade para os que não são casados, conforme argumentei no post Carta a Um Jovem Evangélico que Faz Sexo com a Namorada. Se a abstinência sexual antes do casamento traz transtornos mentais e emocionais, deveríamos considerar esses ensinamentos da Bíblia como radicais, antiquados e inadequados. E, portanto, como meras idéias humanas de pessoas que viveram numa época pré-Freud – e como tais, devem ser rejeitadas e descartadas como palavra de homem e não Palavra de Deus. Ao fim, a contenção dos libertinos é mesmo contra a Bíblia e contra Deus.

3. Bom, para esse argumento ser verdadeiro, teríamos de verificá-lo estatisticamente, na prática. Pesquisa alguma vai mostrar que existe uma relação direta de causa e efeito entre abstinência antes do casamento e distúrbios mentais, neuroses e coisas afins. Da mesma forma que pesquisa alguma vai mostrar que os jovens que praticam sexo livre antes do casamento são equilibrados, sensatos, sábios e inteligentes. Pode ser que até se prove o contrário. Os tarados, estupradores e maníacos sexuais não serão encontrados no grupo dos virgens e abstinentes.Talvez fosse interessante mencionar nesse contexto o estudo conduzido na Universidade de Minessota por Ann Meir. De acordo com as pesquisas, o sexo estava associado a auto-estima baixa e depressão em garotas que iniciaram as relações sexuais (idade média de início 15-17 anos) sem relacionamento afetivo ou romântico.

4. A coisa toda é muito ridícula. Funciona mais ou menos assim. Os libertinos tendem a considerar todo distúrbio que encontram como resultado de repressão dos desejos sexuais. Mas eles fazem isso não porque têm estatísticas, experiências ou históricos que provam tal teoria – mas porque Freud explica. Em vez de considerarem que esses distúrbios podem ter outras causas, seguem sem questionar a tese de Freud que tudo é sexo, desde o menininho de um ano chupando dedo até o complexo de Édipo.

O próprio Freud, na fase mais amadurecida de sua carreira, se questiona na obra Além do Princípio do Prazer (1920):

A essência de nossa investigação até agora foi o traçado de uma distinção nítida entre os “instintos do ego” e os instintos sexuais, e a visão de que os primeiros exercem pressão no sentido da morte e os últimos no sentido de um prolongamento da vida. Contudo, essa conclusão está fadada a ser insatisfatória sob muitos aspectos, mesmo para nós.

5. Embora a decisão de preservar-se para o casamento vá provocar lutas e conflitos internos no coração e mente dos jovens evangélicos, esses conflitos nada mais são que a luta normal que todo cristão verdadeiro enfrenta para viver uma vida reta e santa diante de Deus, mortificando o pecado e se revestindo diariamente de Cristo (Romanos 3; Colossenses 3; Efésios 4—5). Fugir das paixões da mocidade foi o mandamento de Paulo ao jovem Timóteo (2Timóteo 2:22). Essa luta contra a nossa natureza carnal não provoca traumas, neuroses, recalques e distúrbios. Ao contrário, nos ensina paciência, perseverança, a amar a pureza, a apreciar as virtudes e o que significa tomar diariamente a cruz, como Jesus nos mandou (Lucas 9:23). Os que não querem tomar o caminho da cruz, entram pela porta larga e vivem para satisfazer seus desejos e instintos.

Por esses motivos acima e por outros que poderiam ser acrescentados considero esse argumento – de que a abstenção das relações sexuais antes do casamento provoca complexos, neuroses, recalques – como nada mais que uma desculpa para aqueles que querem viver na fornicação. Não existe realmente substância e fundamento para essa idéia, a não ser o desejo de justificar-se ou desculpar-se diante de uma consciência culpada, da opinião contrária de outros ou dos ensinamentos da Escritura.

Os interessados em estudar mais esse assunto poderão aproveitar bastante o livro recém-lançado Sexo Não é problema – Lascívia, Sim – de Joshua Harris, pela Editora Cultura Cristã.

Aborto: O Caso da menina de Alagoinhas - PE.


Esta Reflexão foi produzida por Robinson Cavalcanti.

Católicos, Protestantes: Menina e Aborto

Fui católico romano praticante até os 18 anos de idade, e, na infância, pretendi ser Padre (tinha um primo Cônego), mas tive a minha primeira “crise religiosa” justamente em razão do celibato. Passei por uma experiência de conversão, aceitando a Jesus Cristo como meu único Senhor e Salvador, aos 16 anos. Permaneci anda dois anos da Igreja de Roma. Fui, em grande parte, educado pelos jesuítas, como aluno do Colégio Nóbrega e da Universidade Católica de Pernambuco, onde me formei em Ciências Sociais e onde fui professor de três departamentos por seis anos. Saí da Igreja de Roma por uma questão de honestidade para comigo e para com a própria Igreja, quando não mais aceitava alguns dogmas e disciplinas. Retive os estudos de Filosofia e da Doutrina Social.

O problema no Brasil, com a massa de católicos romanos nominais ou tradicionais, é o desconhecimento e a desobediência dos ensinamentos daquela Igreja. Muitos querem ser “católicos ao meu modo”, como o sujeito que quer ser atacante em time de futebol, mas insiste no “direito” de pegar a bola com a mão...

Dom José Cardoso Sobrinho é um tradicionalista, uma personalidade arredia e nada ecumênica, mas devo respeitar a sua fidelidade ao que a Igreja de Roma é e ensina. Para a Igreja de Roma, com sua hierarquia e o seu Código de Direito Canônico, se aplica a máxima “Ame-a ou Deixe-a”. Não adiante exercer o “jus sperniandi”, que é não é, nem nunca pretendeu ser, uma organização democrática, acredita no seu “magistério”, e pouco está se lixando para o que seja pretensamente “atual” ou “moderno”.

Se outros grupos religiosos expõem outros entendimentos, temos todos que ser honestos, reconhecendo que, no caso do Aborto da menina estuprada pelo seu padrasto em Pernambuco, Dom José não deu opinião própria, nem falou nenhum absurdo, mas apenas foi transparente afirmando a posição oficial da sua Igreja. Se médicos, jornalistas ou Presidentes da República pretensamente “católicos” ficaram surpresos ou irados, isso fica por conta da ignorância ou incoerência dos próprios para com a sua religião.

Vivemos em um mundo secularizado, que contesta a autoridade e os valores, que não dá valor à vida, e que fica surpreso quando essa falta de valores e de respeito à vida resulta em injustiças, opressão, exclusão, exploração e toda sorte de violência, inclusive doméstica, entre cônjuges, destes para com filhos e destes para com seus pais e avós.

Como Bispo Anglicano, devo expressar, por um lado – e principalmente –, meu compromisso com as Sagradas Escrituras e com o Consenso Histórico dos Fiéis, e, por outro, o que tem deliberado a Conferência de Lambeth, como nosso fórum maior.

No caso específico, os anglicanos, como a maioria dos cristãos, reconhece que o ser humano após o Pecado Original vive distante dos ideais do seu Criador, pecando por pensamentos, palavras, obras e omissões, contra Deus, contra o próximo, contra si mesmo e contra a natureza. Como Protestante não cremos em pecados “mortais” e “veniais”. Mas afirmamos que todo pecado é pecado, e que todo pecador deve se arrepender, buscar o perdão e novidade de vida, e quando o pecado também for um delito diante do Estado, cumprir a sua pena em uma Justiça confiável.

A vida é um dom de Deus, e ninguém, desde a sua concepção, tem o direito de tirá-la.

O aborto não é um direito da mulher em relação ao seu corpo, mas um homicídio qualificado em relação ao ser ou seres que ela gerou (juntamente com o seu companheiro) e que hospeda em seu ventre por nove meses. Somos, em tese, contra o aborto porque somos pró-vida, inclusive depois do nascimento, com a dignidade que a todos o Criador outorgou e que os modelos sócio-político-econômicos, em geral, privam.

Somos favoráveis a todos os métodos anticoncepcionais não-abortivos. Somos favoráveis a campanhas de educação sexual, que inclui a prevenção da gravidez precoce. Somos a favor da paternidade e da maternidade responsáveis, de um Estado responsável e de uma sociedade solidária. Somos favoráveis ao instituto da adoção.

Para a Comunhão Anglicana, há apenas uma exceção para que o aborto seja legal e legítimo: quando implicar, concretamente, em risco de morte para a mãe. Isso, porém, deve ser comprovado pela Justiça e pelo Ministério Público mediante atestado técnico assinado por uma junta médica de especialistas. No caso dos menores, deve-se levar em conta, também, o posicionamento dos genitores. O pátrio poder pode, até, vir a ser suspenso, nos casos mais graves e urgentes.

As perguntas de Dom José, e de todos nós, é: poderia a menina ser assistida clinicamente, para superar a sua anemia, e ter fortalecido o seu organismo? Poderia o parto cesariano vir a se dar sem maiores riscos para a mãe? Sim ou não? Se sim, o aborto não se justificaria; se não, o aborto se justificaria. Quanto aos traumas emocionais, esses existiram com ou sem aborto, embora o aborto, em princípio, se constitua em um trauma a mais.

Quanto ao estuprador, que cometeu um grave pecado, mas (sem emocionalismos) não se equipara ao tirar uma vida. Que se cumpra a Lei Penal, e que o mesmo se arrependa e se corrija. Que acerte as suas contas com o Juiz Togado e no Juízo Final. O mesmo aconteça com pais omissos, adolescentes lascivos, médicos pragmáticos, jornalistas sensacionalistas, teólogos permissivos ou repressivos, e governantes irresponsáveis.

Que a Palavra de Deus seja anunciada! Que os valores do Reino de Deus sejam anunciados! “Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância”, disse Jesus.

Olinda (PE), 07 de março de 2009.

Perpétua, Felicidade e seus companheiros, mártires em Cartago, 203

Fundação da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, 1804

Robinson Cavalcanti, ose

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O que a visão de Deus produziu na vida de Isaías?


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto Isaías 6: 1 – 8.
Introdução
Mais ou menos na década de 90 a Igreja brasileira passou por uma época de visões extasiantes.
Talvez fruto da ênfase que muitos teólogos davam a conhecida guerra espiritual.
Era comum encontrarmos pessoas testemunhando que tiveram visões de Deus, de Jesus ou de anjos.
Não quero aqui ridicularizar ou contestar estas visões, mas só chamar atenção para o fato de que algumas queriam fazer de suas experiências particulares doutrina pra Igreja.
Quando lemos a história de homens de Deus como: Daniel e Paulo entendemos que nem todas experiências com Deus devem ser tornadas publicas.
É de estrema importância também entendermos que as experiências que temos com Deus nos tornam crentes melhores (moralmente, espiritualmente etc.).
E que geralmente acontecia com as pessoas na maioria das vezes nada mudava, nada acontecia de novo em suas vidas.
Eu desconfio e acho que você também deve desconfiar de certos movimentos que mexem com as emoções, mas não provoca mudança de vida.
Elucidação
O texto que acabamos de ler narra a visão que Isaías teve de Deus e o seu chamamento.
O profeta é chamado em um tempo difícil, por dois motivos: Primeiro o povo de Judá estava distante de Deus.
Tinham se tornado idolatras, louvavam ao Senhor só com os lábios, mas o coração estava distante (1.12,13,15,16).
Segundo Ele começa seu ministério no ano da morte do rei Uzias (Azarias) que havia reinado 52 anos em Jerusalém.
Este rei foi um prospero, reto, fez o que era bom perante o Senhor, mas cometeu um erro (queimou incenso no lugar do sacerdote e morreu leproso) II Cr. 26: 16 Sss.
Alguns estudiosos dizem que quando Isaias descreve a situação do povo no (1:6) ele está contemplando a situação do rei.
Mas não sobre este assunto que eu gostaria de meditar com vocês esta noite, mas sobre a visão de Isaías.

Tema: O que a visão de Deus produziu na vida de Isaías?
1º Lugar: O reconhecimento da santidade de Deus, v 1 – 4.
Com certeza esta visão que o profeta teve é uma das mais nítidas visões retratadas na bíblia.
Ele mostra que as abas de suas vestes enchiam o templo (grandeza, majestade).
Que Serafins que são seres ministradores com duas de suas asas cobriam o rosto (símbolo da santidade de Deus).
E que ainda eles proclamavam em coro dizendo Santo, Santo, Santo (louvor ao Deus dos deuses).
As bases daquele lugar se moveram e a casa se encheu de fumaça (poder e força).

O Pr. Heber Campos falando sobre esta visão afirma: “A idéia aqui é de sublime é a exaltação ou elevação. Era uma cena de glorificação que Isaías contemplava. A cena que ele viu não somente o levou a contemplar a grandiosidade da realeza de Deus, mas também a perfeição do seu caráter moral. Esta é a conclusão a que Isaias chega quando os Serafins, numa atitude de reverente conduta, dizem: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”.

Aplicação
Amados, a verdadeira experiência com Deus inevitavelmente nos confrontará com a sua santidade e perfeição.
E isso nos leva:
• A uma vida de louvor a santidade de Deus. Somos conclamados a nos unir aos serafins em coro: “Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos”.
• Somos desafiados a um padrão de vida que seja santo, pois servimos a um Deus que é Santo.
2º Lugar: O reconhecimento de que realmente ele era, v. 5.
A experiência de Isaías é composta de um misto de beleza e medo ao mesmo tempo.
Isso porque o caráter de Deus, a sua a santidade produz nele a convicção de sua natureza corrompida.
A contemplação da santidade de Deus causou em Isaías o senso da sua imundície diante de Deus.
Imediatamente quando olha pra Deus ele descobre de fato quem ele era.

Aplicação
Queridos, é de fato quando mantemos comunhão com Deus que nos conscientizamos da nossa pequenez diante dEle.
Somente quando tomamos consciência da realidade de Deus é que verdadeiramente temos uma visão de nós mesmos.
A comunhão diária com Deus deve nos tornar crentes melhores.
Reconhecer que carecemos dEle a cada momento de nossas vidas.
3º Lugar: A certeza da compaixão de Deus, v 6,7.
Diante de tamanha visão e do senso de sua própria natureza não resta outra coisa ao profeta fazer: “esperar pela compaixão e misericórdia de Deus”.
E é isso o que acontece: imediatamente após a confissão sincera do profeta um serafim traz em suas mãos uma brasa tirada do altar e com ela toca os seus lábios e ele é perdoado.
Era isso que Deus esperava do povo judeu, que eles se humilhassem diante dEle, e assim viria o socorro.


Aplicação
Amados, precisamos constantemente da compaixão e da misericórdia de Deus e da sua assistência.
É necessário a cada dia reconhecermos que se não for o favor de Deus em nossas vidas estaremos perdidos.
Apesar de quem somos e Deus sendo santo Ele é propicio a nós pecadores. Ele nos purifica, nos restaura, e renova sua misericórdia para conosco.
4º Lugar: disposição ao serviço, v, 8.
Diante do chamado de Deus o profeta não exita em responder: “eis me aqui envia-me a mim”.
A santidade de Deus, a convicção de pecados e principalmente o perdão que ele recebera, fizeram dele um missionário.
Levaram Isaías a um compromisso sério com Deus, o compromisso de anunciá-lo.
Aplicação
Meus irmãos o compromisso que temos com a obra de Deus demonstra a experiência que temos com Ele.
Vivemos dias as pessoas não querem mais assumir compromissos nem com Deus.
Vivemos dias nos quais muitos dizem: “eis me aqui envia a outro”.
Deus nos chama hoje a um compromisso sério com Ele.
Ele quer que o sirvamos com sinceridade, com integridade, com amor, com compromisso.
Nunca resista ao chamado de Deus... (momento de oração).

Conclusão
Qual tem sido o grau da experiência (comunhão) que você tem com Deus?
Lembre-se: o grau desta comunhão determinará o compromisso com a obra dEle.
Experiências e movimentos que não produzem mudança de vida, que não tornam as pessoas melhores, mais humildes, mais prontas a servir a Deus são no mínimo duvidosas...