quinta-feira, 29 de maio de 2008

A União Fraternal


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto: Salmo 133

Introdução

Conta-se a história de um judeu muito rico que depois de uma consulta feita ao médico recebeu a noticia que lhe restaria pouco tempo de vida.

Aquele homem havia trabalhado durante muitos anos e havia construído um grande patrimônio.

E agora a grande questão era: quem assumiria a direção dos negócios depois da sua morte?

Este homem também havia casado e constituído uma bela família...

Então sabiamente, reuniu sua família e os fez saber de tudo. Depois olhando para o seu primogênito passou-lhe a responsabilidade de liderar a família e os negócios depois de sua morte.

O filho assustado replicou ao pai: Mas pai não serei capaz, pois é muita responsabilidade.

O pai atentamente olhando pra ele, lhe diz: Vá lá fora e pegue um graveto e o filho prontamente o atendeu.

Sem entender, o filho se apresenta ao pai e lhe diz: pronto pai aqui está o graveto. O judeu diz ao seu filho agora o quebre e prontamente o filho obedece.

Agora junte-os e quebre-o novamente filho e mais uma vez o filho repete isso por algumas vezes.

Depois de algumas vezes mais o filho já não conseguia quebra-los. E ele disse ao pai não consigo quebrá-los.

E o pai mais uma vez olhando atentamente a sua família lhes diz se unam, mantenham-se unidos, juntos e vocês venceram todas as dificuldades.

Elucidação

Este é um salmo de autoria Davídica e tem como título: A excelência da união fraternal.

De certa forma podemos entender que este era anelo de Davi, (a união), pois sua casa se distanciou deste ideal, sua casa fora marcada pelas divisões e discórdias.

Gostaria de olhar para este salmo considerando o seguinte: A união fraternal, uma ação conjunta entre Deus e o homem.

Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que A união fraternal, uma ação conjunta entre Deus e o homem porque:

Depende de nós o querermos viver unidos. V. 1

A união que o salmista quer mostrar aqui era a princípio o desafio que os judeus tinham em viver juntos, unidos.

Lembremos de que como peregrinos eles viviam juntos, tinham que dividir tudo ou quase tudo.

Eles eram como nômades vivendo de lugar em lugar, mudando-se constantemente...

Podemos imaginar que suas tentas eram bem próximas uma das outras na porta de casa tinha alguém morando.

O salmo também é uma referência ao culto público onde eles cultuavam a Deus juntos, subiam ao monte Sião em grupos para adorar a Deus.

Quando olhamos para o Novo Testamento vamos entender que Deus chama diferentes povos, de diferentes nacionalidades, diferentes costumes, mas, com um ideal: adorar a Deus juntos.



Aplicação

A união fraternal é um grande desafio para nós em qualquer tempo, em qualquer costume, mas deve ser um ideal a ser buscado.

Muito desse ideal depende de nós. Deus espera que nós vivamos juntos, unidos e caminhemos juntos.

Temos muitas diferenças, mas uma coisa nos une: O sangue de Jesus Cristo.

Um corinho antigo diz: “NÃO IMPORTA A IGREJA QUE TÚ ÉS SE POR TRAZ DO CALVÁRIO TÚ ESTÁ E O TEU CORAÇÃO É IGUAL AO MEU DÁ-ME A MÃO E MEU IRMÃO SERÁS”.

A unidade cristã é um valioso testemunho ao mundo.... vale mais do que mil palavras.


Em segundo lugar eu gostaria de dizer que A união fraternal, uma ação conjunta entre Deus e o homem por que:

Depende de cada um de nós vermos além das aparências. V. 2.

Arão exercia o sacerdócio perante o povo de Deus, cargo que foi instituído pelo próprio Deus.

Arão era um homem comum, mas a ele foi dispensado o ministério de abençoar de ministrar a vontade de Deus sobre o povo.

Ele foi ungido para este oficio, a unção era feita a partir de uma mistura de especiarias que representava a unção do Espírito, que também mostrava a autoridade conferida a alguém.

Era o sinônimo de santificação e que identificava o homem de Deus.

O texto não menciona mais podemos imaginar o perfume agradável que exalava daquele óleo, o perfume que invadia o olfato das pessoas.

E isso era feito com abundância: o óleo da unção era derramado na cabeça e escorria para a barba e por fim alcançava a gola das vestes de Arão.

Arão era um homem tendente aos erros, as falhas. Arão é o mesmo que vendo que Moisés se demorara no monte Sinal junto com o povo constrói um bezerro de ouro e faz o povo pecar. Ex. 32: 1-10.


Aplicação

Precisamos olhar além das falhas, além dos erros. Arão cometeu erros, mas quando a unção de Deus era sobre ele era o homem de Deus.

Apesar dos erros que cometemos, das falhas que temos nós somos ungidos do senhor. Cada um de nós...

Quantas vezes nós julgamos severamente as pessoas, com mão de ferro...

Quantas vezes dizemos: Há eu andar junto com fulano jamais, você viu o que ele fez?

A união do povo de Deus exala como perfume suave que invade tudo que fazemos e torna tudo que fazemos agradável a Deus.

Ou aprendemos viver em união ou caso contrário nada do que fizermos será aceito por Deus (oração, cânticos... etc.).


Em terceiro lugar eu gostaria de dizer que A união fraternal, uma ação conjunta entre Deus e o homem por que:

Deus faz o que não podemos fazer. V. 3.

De forma até sistemática o texto nos mostra que a ação do homem antecede a ação de Deus com relação a união.

E como é superior a ação de Deus em relação a nossa, ou seja, (viver junto, derramar o óleo da unção nós podemos fazer, logo Deus não vai fazer o que nós podemos fazer).

Enquanto nós fazemos isso, Deus faz descer o orvalho do Hermon sobre os montes de Sião.

O Hermon era o monte mais alto de Israel e sobre ela repousava um pesado orvalho.

E quando o orvalho era periclitado (ação de Deus) toda aquela região era beneficiada (os montes de Sião, que eram pequenas montanhas eram inundadas pelo gotejar do orvalho).

A região que era seca e quase desértica tornava-se um manancial, um oásis.

Os pequenos montes dependiam do gotejar do orvalho que descia do Hermon.

Ali o Senhor Deus (ordenação de Deus), a sua benção e a vida para sempre.

A região seca agora começa a produzir, a florescer em fim a produzir, tudo se transforma pela ação de Deus.

O eterno Deus se propõe a fazer (a vida para sempre é Deus quem ordena).

Aplicação

O que Deus pode fazer é grandioso e isso torna as nossas ações insignificantes diante de todo o poder que Deus dispensa em nosso favor.

Quando nós nos dispomos a fazer a nossa parte Deus faz o impossível acontecer.

A precipitação do monte Hermon e a vida para sempre compete a Deus, só Ele podia fazer.

Estamos nós dispostos a fazer a nossa parte?

Lembre-se semelhante aos pequenos montes de Sião somos nós, somos dependentes da ação de Deus, mas tem algo que nós devemos fazer.

A vida cristã sem união é habitar no deserto, é viver na escassez, é mendigar o pão, é não ter vida para sempre.

conclusão

Semelhante a família do judeu precisamos está juntos e unidos e assim venceremos cada obstáculo, cada dificuldade.

A união cristã nos faz mais parecidos com Jesus. Que esse seja o nosso ideal de família e principalmente de Igreja.

Não é fácil, mas Deus espera que cada um de nós se empenhe por alcançar este objetivo.

Que Deus nos abençoe em Nome de Jesus.
Autor: Rev. Agnaldo Lins

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