quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Filho Pródigo


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto: Lc 15: 11-24.

Introdução

• Qual tem sido a visão que temos tido de nós mesmos?

• Eu fico triste muitas vezes porque a visão de muitos irmãos acerca da Igreja e igual ou pior do aquele que o mundo revela.

• Por exemplo, quando alguém pergunta: Como vai a Igreja? Nós só enxergamos problemas.

• Dentro da sua casa tem dificuldades e problemas (claro que sim), quando alguém pergunta como vai sua família você diz tudo que acontece dentro da sua casa? (claro que não).

• Assim também deve ser nossa atitude com relação a Igreja.

• Tem gente que está na Igreja vivendo uma fantasia e sonhando que um dia vai encontrar uma igreja sem nenhuma dificuldade.

• Eu tenho uma triste noticia pra lhe dar: “enquanto estivermos aqui na terra a Igreja será imperfeita”.

• Nem na Bíblia você vai encontrar (Corinto, as igrejas do Apocalipse).

• Muitas vezes irmãos só temos olhos para ver as coisas boas na Igreja dos outros, na casa dos outros.

• Precisamos mudar irmãos nossa atitude...

Gostaria de olhar para o texto e juntos tirarmos algumas verdades que podemos aplicar às nossas vidas, e olhando para a vida do jovem pródigo vamos entender isso:

A 1ª verdade que encontramos no texto é: A visão que o jovem tinha da sua casa v. 11 - 13ª.
Esse jovem fora movido pela ansiedade de “liberdade”.

Talvez ele se sentisse preso, sufocado pelo cuidado dos pais (embora o texto não cite sua mãe).

Movido por tal desejo ele pede ao pai que lhe dê a parte que lhe cabe na herança v. 12...

Era comum aos pais fazerem doações aos filhos de pequenas quantias, mas este jovem não queria uma simples doação (a terça parte)...

Essa terça parte de uma herança só seria concedida quando o chefe da casa morresse...
Quando ele faz esse pedido de certa forma ele considera seu pai como morto, ou seja, é como se ele antecipasse esse fato...

Sem nenhum sentimento esse jovem junta suas coisas e vai embora, sem deixar rastro v. 13ª...

Talvez ele não tenha nem se despedido (pelo menos a Bíblia não cita)...

Que visão esse filho tinha da sua própria casa...

Aplicação
Que visão você tem da sua igreja, dos irmãos....

Será que de alguma forma nos sentimos sufocados, queremos algo mais?

Você só consegue ver virtudes nos outros grupos...

Queridos, quando olharmos pra nós mesmos elevemos nossa visão acima dos problemas.

A história de um irmão que vivia a procura de uma igreja perfeita...

A visão que temos de nós mesmos de alguma forma determina a visão dos outros a nosso respeito...

Mt. 6.23...

A 2ª verdade que encontramos no texto é: A visão equivocada que ele tinha do mundo v. 13b – 16.

Em fim aquele jovem parte para o lugar tão sonhado em busca dos sonhos a realizar.

Afinal de contas não tinha mais ninguém pra pegar no seu pé, ele podia fazer o que bem entendesse...

O verso treze nos mostra que sua ansiedade foi tanta que juntou tudo que era seu e partiu...

Não deixou nada para o caso de alguma coisa não dar certo e ter que voltar...

O texto também nos informa que para o lugar que ele foi gastou tudo quanto tinha v. 14...

Enquanto ele possuía dinheiro e vazia tudo que dava na telha era bem quisto, mas quando tudo acabou não restou ninguém que o socorresse...

Por fim sobreveio aquela região uma fome terrível como nunca tinha acontecido, aliás, não só naquela região foi sobre todo país v. 14... toda sua esperança se foi...

Só lhe restou uma coisa: tomar conta de porcos v. 15...

Era uma tragédia um judeu tomar conta de porcos, era algo humilhante. Eles o consideravam imundos Lv. 11.7 “Também o porco, porque tem unhas fendidas e o casco dividido, mas não rumina; este vos será imundo”.

Existe um adágio comum entre os judeus que dizia: “que a maldição caia sobre o homem que toma conta de porcos”.

A situação do jovem ficou tão crítica que desejava comer a comida deles e não comia por que? Provavelmente porque nada sobrava... v. 16...

O texto no grego informa que a fome era tanta que seu estômago reclamava...

Aplicação

Se a situação aqui dentro é ruim não queira imaginar lá fora...

Quantas vezes não damos valor o que temos dentro da nossa casa e ansiamos por aquilo que está lá fora...

Tem um adágio que diz que a vida do meu vizinho é melhor do que a minha...

A irmã que queria o dom da outra e o conselho do pastor...

Valorize sua casa, pois se você não fizer não espere os outros fazerem...

A 3ª verdade que encontramos no texto é: consciência do erro cometido v. 17-20ª.

Depois de passar por tudo isso o jovem cai em si v. 17...

Na casa de seu pai até os trabalhos diaristas tinha pão com fartura e ele nem isso tinha...

Os v. 18 e 19 nos mostram a transformação que ele sofre...

De egoísta a humilde, da cegueira a lucidez, de filho a empregado...

Ele precisou levar uma prensa da vida para aprender...

O v. 20ª ele toma a iniciativa e vai para o seu pai.

Imaginamos que esta viagem durou muitos dias, visto que o texto nos informa que ele foi para uma terra muito distante (o filme em sua cabeça)...


Aplicação

Quantas vezes precisamos passar por uma prensa, por um deserto, por um sofrimento para aprender...

Deus não quer isso para nós, mas muitas vezes ele permite...
Espero que nós não tenhamos que passar por isso para valorizar o que temos...

A quarta verdade que encontramos no texto é: A recepção de um pai amoroso v. 20b – 24.

Imaginamos que mesmo diante do ocorrido aquele pai nunca perdeu a esperança de ver o filho voltando...

Talvez todo dia ele ficasse no alpendre de sua casa a olhar distante com a esperança de ver seu filho voltando pra casa...

Vejamos o verso 20b
Ações de um pai amoroso sem nenhuma palavra.

1- Compadeceu-se... (condoeu).

2- Correu... Imaginamos que ele já fosse idoso (costume ignorado).

3- O abraça como sinal de perdão...
4- E o beija como sinal de honra...

Nos versos de 21-24 encontramos a confissão do filho e a reposta do pai...

No versículo 21 o filho confessa seu pecado...

A partir do verso 22 observamos um “porém” que é equivalente a um “mas” que reverte o quadro...
Como significado que aquele pai desconsiderou todo o pasado...

Ações de um pai perdoador em suas ações.

Roupa nova – alto nível social

Anel – sinal de autoridade

Sandália – livre e não escravo

Bezerro – alegria e celebração

E ali houve alegria e celebração por um motivo v. 24...

Aplicação

Em nenhum outro lugar do mundo vamos ter o que temos em casa...

É na nossa casa que encontramos consideração, alegria, regozijo e festa...

Temos problemas? Claro que sim! Somos semelhantes a qualquer família, mas temos coisas boas... (qual a melhor família do mundo? Qual a melhor igreja do mundo)...

Eu já fui uma pessoa muito crítica com relação a minha igreja, mas Deus me fez entender que a melhor casa que existe é a minha...

Deus me deixou fora de casa 4 anos e me fez entender: Como era boa minha igreja...

A casa dos outro pode até ser bonita, mas vai viver lá, pra você ver...

Valorizemos a nossa casa, o que somos porque esta é a vontade de Deus. (Que Ele nos abençoe)...
Autor: Rev. Agnaldo Lins.

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