quinta-feira, 29 de maio de 2008

A Divindade de Jesus


Postado pelo Pr. Agnaldo Lins.
Texto João 1:1.
Introdução

Jesus é o Cristo de Deus, é tudo quanto as Escrituras afirmam. Ele é a segunda pessoa da Trindade. Ele é também o Deus encarnado, que deve ser adorado e obedecido por todas as pessoas.

Qualquer esperança que um miserável pecador tenha quanto à salvação da penalidade, do poder e da presença do pecado, precisa estar fundamentada completamente na Divindade de Jesus, o Cristo de Deus.

Nos primeiros séculos da Igreja Cristã surgiram muitas teorias e heresias acerca de Jesus Cristo. Muitos tentaram sacrificar a sua Divindade.

Como por exemplo, os Ebionistas, Alogianos, Monarquistas que dão base ao pensamento adocionista que diziam que Jesus era um homem igual aos outros, ele era simplesmente o filho de José e Maria.

E que o Cristo de Deus Veio sobre Jesus somente na hora do batismo e o abandonou na cruz na hora da sua morte. Estes, pois, negavam a sua Divindade.

Outros, porém foram influenciados pelo dualismo grego e diziam: a carne é má e o espírito é bom, por isso não aceitavam a humanidade de Cristo.

Estas foram eram as seitas gnósticas, os docéticos que viam em Jesus um ser fantasmagórico, um fantasma, uma aparência. Seitas estas combatidas fortemente nos escritos Joaninos e também nos escritos de Judas.

Porém nesta noite gostaríamos de nos deter no evangelho de João, especificamente no verso primeiro.
Compete-nos perguntar, quem era este João que escreveu este Evangelho? A resposta é: o discípulo amado. A testemunha ocular das coisas que escreve. 21:24: “Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro”.

Diante das heresias pregadas acerca de Jesus João com o seu testemunho está dizendo: o que pregam é mentira, pois eu vi o LOGOS de Deus, os meus olhos viram; eu estive com ele.

Ele também é o escritor das três Cartas Pastorais e do Apocalipse.

Vejamos a afirmação que ele faz em I Jo. 1: 1-3.

Este Evangelho foi escrito por volta do ano 90 d. C.

O propósito do escrito é descrito em 20: 30 e 31. “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.

O evangelho é também uma resposta as heresias que se levantaram contra a divindade de Jesus.

O Evangelho de João não é igual aos outros três e por isso não é considerado um sinótico (comum semelhante).

Diante dos fatos apresentados até aqui gostaria de considerar o seguinte tema para nossa meditação.

Tema: Argumentos Joaninos que comprovam a Divindade de Jesus

O 1º argumento de João que comprova a Divindade de Jesus é:

Ele era antes de Todas as coisas (primeira parte do verso: no principio era o verbo)
Este fato nos remete a Gênesis 1:1. E ainda não é suficiente, Ele existia antes desses fatos.

Quando João diz que no principio era o verbo ele está se referindo a algo (antes da criação) “Era O Verbo” ele está dizendo que o VERBO, A PALAVRA, O LOGOS, JESUS, existia antes de tudo.

Antes que a terra, que as montanhas e que todas as criaturas fossem criadas, Jesus já existia.

Ele existia antes dos tempos eternos, Ele não é o primeiro ser criado como muitos hereges ainda afirmavam e afirmam.

Ele não é, ou era um verbo, Ele o Verbo, Ele não é uma palavra, Ele é a Palavra. Ele é Acronos antes que o tempo existisse, Ele existia.

A conotação do uso do Grego no texto mostra que Jesus estava sendo. (existência contínua intemporal)

Queridos, podemos afirmar que Cristo é o verbo de Deus e também em ambos os aspectos: Ele mostra Deus, ou reflete a mente de Deus e também revela Deus para os homens. (Jo 1:18, Hb. 1:3).


Mas, o 2º Argumento de João que comprova a divindade de Jesus é: Ele tinha comunhão com o Pai (segunda parte do verso:o verbo estava com Deus) na versão mais próxima do original se lê: A Palavra, O verbo, o Logos estava face a face com Deus

Esta parte do texto vai nos mostrar que havia uma comunhão estreita e profunda entre Pai e Filho.

Eles estavam face a face. Quem poderá contemplar Deus senão o próprio Deus.

Um de nossos hinos fala sobre isto nº 13 na 1ª estrofe “Se nos cega o sol ardente...”.

Havia comunhão antes de todas as coisa, entre Jesus e Deus, o Pai e Filho.

Esta comunhão era intensa e de plena consciência, quando olhamos o que Ele próprio diz na oração Sacerdotal Jo 17:5 “E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo”.

Jesus esteve sempre presente com Deus em todas as coisas, na ação criadora de Gênesis a sua palavra é FAÇAMOS. (A Trindade Reunida)


Mas irmãos em 3º e último lugar eu gostaria de chamar sua atenção para o terceiro argumento de João para comprovar a Divindade de Jesus, ele diz: Deus é o Verbo (terceira parte do verso: o verbo era Deus)

No texto original o predicado precede o sujeito.

No nosso texto aparece o Verbo era Deus, no original aparece Deus era o Verbo.

A palavra Deus (Theon) aparece sem o artigo tornando-se o predicado da frase enfatizando a qualidade do sujeito que no caso é o “Verbo”. Ou seja, o Verbo tinha a mesma natureza de Deus.

Este fato tem o propósito de afastar qualquer suspeita em relação à Divindade de Jesus.

O próprio Jesus vai afirmar isto em Jo 10:30. “Eu o Pai somos um”.

Cremos, irmãos e a Bíblia mostra que Deus se revela em três pessoas (Pai, Filho, Espírito Santo).O Catecismo Maior que é um dos nossos símbolos de fé na pergunta 11 Pergunta: Donde se infere que o Filho e o Espírito Santo são Deus, iguais ao Pai? R. As Escrituras revelam que o Filho e o Espírito Santo são Deus igualmente com o Pai, atribuindo-lhes os mesmos nomes, atributos, obras e culto que só a Deus pertencem.

A interpretação de João 1:1 podemos ver de forma clara em Pv. 8:27-30.

Depois de dizer tudo isto, o que podemos tirar de lições para nossas vidas.

1ª Lição A nossa fé só tem razão de ser porque Jesus era desde o principio. As nossas vidas, as nossas pregações, e todas as nossas ações devem passar por este crivo, Jesus é eterno, Ele não a primeira criação de Deus, Ele é acronos.

Você pode está pensando, mas hoje não temos que enfrentar essas heresias, ai nós nos enganamos.

Não existem heresias novas elas apenas se apresentam com uma nova roupagem. (docetismo, gnosticismo) estão mais vivos do que nunca.

Não aceite uma religião que diga algo diferente de Jesus. (o que divide uma seita de uma verdadeira religião é o significado da pessoa de Jesus)

2ª Lição Jesus tem comunhão com o Pai.

Mesmo sendo Deus, Jesus estava em comunhão com Deus. Parece redundância.

No seu ministério Ele sempre buscou esta comunhão com o Pai através da oração e da Palavra (Deus em comunhão com Deus).

Depois de sua morte e ressurreição Ele foi recebido pelo Pai e está assentado à sua direita intercedendo por nós. Ele está em comunhão com o Ele.

Em todo tempo existiu comunhão entre a Trindade, o plano salvífico foi assim: O Pai planejou, O Filho executou e O Espírito aplicou.

Certa feita perguntaram a Agostinho o que A trindade fazia na eternidade, e ele respondeu: “Eles se amavam”.

Como está a nossa vida de comunhão (oração, vida com a Palvra).

Temos sido engolidos pelas nossas atividades e não sobra tempo para isto.
O salmo 25:14 diz: que a intimidade do Senhor é para os que o temem.


3º Lição Jesus é Deus sem sombra de dúvidas.

Vivemos dias nos quais a teologia que se prega passa longe de reconhecer este fato.

A teologia dos nossos dias cada vez mais coloca o homem no centro, relegando Deus a segundo plano.

Valores secundários e subjetivos são mais valorizados, o micro assumiu o lugar do macro.

Em um artigo no site Monergismo.com. John W. Robins diz que a teologia de nossos dias afirma que a maior noticia no universo é que se pode nascer de novo. (fazendo assim uma crítica ao livro bastante conhecido do Dr. Billy Grhan Como nascer de novo?).

Este pensamento mostra que os efeitos são mais importantes do que o evento maior (Jesus Cristo encarnado)

A maior notícia no universo não é que se pode nascer de novo, mas que o Verbo de Deus, o Logos de Deus se encarnou e viveu entre nós.

E Ele fez isto por nos amar, Ele sendo Deus não usou como usurpação o ser igual a Deus.

Ele escolheu se humilhar por nós. Esta é a maior notícia no universo.

Sem a Divindade de Cristo não teríamos o sangue perfeito que proporciona o perdão para os nossos pecados.

Ainda sem a Divindade de Cristo não teríamos ninguém que suportasse todo peso da ira de um Deus que pune o pecado, a ira que permanece sobre nossos pecados.

As Escrituras afirmam com clareza que Ele, o Cristo de Deus, levou sobre si o nosso pecado, em seu próprio corpo, na cruz, e que somente por intermédio dEle os miseráveis pecadores são reconciliados com Deus.

Cristo levou sobre si as nossas dores, Ele levou sobre si as nossas transgressões, o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele e por suas pisaduras fomos sarados...
Autor: Rev. Agnaldo Lins

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